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Francisca Jorge na segunda ronda do Oeiras CETO Open com vitória esclarecedora

 

- Matilde Jorge eliminada apesar da boa réplica

- Ana Filipa Santos vence compatriotas e avança no quadro de pares
Um dia depois da estreia autoritária no quadro de pares, Francisca Jorge manteve a tónica e seguiu de igual forma para a segunda ronda de singulares no Oeiras CETO Open. Desfecho diferente teve a irmã mais nova, Matilde Jorge, que foi eliminada neste ITF W100 que a Federação Portuguesa de Ténis e o Clube Escola de Ténis de Oeiras organizam, com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras, até 28 de abril.
 
Última portuguesa a ir a jogo na variante individual, Francisca Jorge (184.ª classificada no ranking WTA) não perdeu tempo e venceu a checa Gabriela Knutson (190.ª) por 6-1 e 6-2 em 69 minutos.
 
Foi um regresso feliz da melhor tenista lusa da atualidade ao palco onde, há um ano, disputou aquela que à data foi a final mais importante da carreira, então num ITF W60.
 
O primeiro braço de ferro de Jorge com Knutson teve um único sentido. A jogadora da casa apresentou um ténis agressivo desde o início e mostrou maior aptidão para a superfície, levando a checa (vencedora de dois torneios em solo português no último ano, primeiro em Guimarães e depois na Quinta do Lago, mas sempre em hard courts) a desacreditar desde muito cedo para controlar do início ao fim num embate rápido e pautado por trocas de bolas muito curtas.
 
"Sinto que joguei bastante bem. Entrei ‘para matar’, a querer fazer as coisas bem e a ser bem-sucedida e consegui praticar o meu ténis. Ela não conseguiu responder ao que eu estava a fazer e não conseguiu ser muito competitiva", analisou a jogadora do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis em conferência de imprensa. "Cometeu vários erros logo no início e de certa forma eu forcei-a a desacreditar."
 
A vitória desta quarta-feira seguiu os contornos da que celebrou na véspera, na variante de pares, e permitiu a Francisca Jorge marcar encontro com Yuliia Starodubtseva. A ucraniana (142.ª WTA) é a primeira cabeça de série e treinou ao seu lado no Australian Open, mas nunca esteve do outro lado da rede e vai obrigá-la a "estudar um bocadinho para perceber que fragilidades é que posso picar mais."
Antes, Matilde Jorge foi a jogo e não conseguiu regressar às vitórias individuais. No primeiro encontro como jogadora do top 500 (subiu 57 lugares na sequência dos quartos de final no WTA 125 de Oeiras), a número dois nacional cedeu por 6-3 e 6-3 perante Simona Waltert (156.ª e 107.ª há menos de um ano).
 
A suíça tinha o favoritismo do seu lado e justificou-o, apresentando-se no court central do CETO com um ténis muito reto que forçou a vimaranense a cometer vários erros, mas a jogadora da casa dispôs de várias oportunidades para tornar o embate mais equilibrado e os parciais finais não refletem totalmente a réplica que ofereceu.
 
Jorge entrou mal nos dois sets, mas reagiu a tempo e sobretudo no segundo causou várias dificuldades a Waltert nos jogos de resposta. Mais agressiva e sobretudo mais assertiva, criou 10 oportunidades para fazer o contra-break entre o 1-2 e o 2-3 (cinco em cada jogo), mas uma nova série de erros não forçados fustigou a tentativa de recuperar terreno. Só mais tarde, quando a adversária já servia de forma folgada para selar a vitória, é que voltou a ser bem-sucedida para encurtar a diferença no marcador.
 
“Tive muitas oportunidades e vários jogos com 40-0 ou 40-15 que não consegui converter. Houve momentos em que falhei bolas muito simples e muito cedo no rally que me levaram a desperdiçar essas chances que no final fazem a diferença”, reconheceu Matilde Jorge na análise ao encontro.
 
A jovem de apenas 20 anos também falou sobre o feito de sábado, dia em que fez história ao lado de Francisca Jorge ao conquistar o primeiro título português no circuito WTA, que relativizou: "Acabámos o encontro tarde e fomos jantar fora, por isso só às 23h é que peguei no telemóvel e vi as mensagens. Não senti que tínhamos feito história e que teve o peso que teve, o que por um lado até é bom para não nos subir à cabeça. Só no dia seguinte é que sentimos que fizemos realmente um bom torneio, a jogar a um muito bom nível. Estávamos as duas muito conectadas e isso também se notou ontem."
 
A derradeira referência temporal diz respeito à vitória de terça-feira na primeira ronda de pares já no CETO, a variante que daqui para a frente a “segura” neste torneio e que na quinta-feira voltará a levá-la a jogo com Francisca Jorge. As duas irmãs terão pela frente as britânicas Alicia Barnett e Freya Christie numa reedição da primeira eliminatória da semana passada.
Igualmente apurada para os quartos de final está Ana Filipa Santos, que ao lado da espanhola Lucia Cortez Llorca venceu pela primeira vez num ITF W100. Os parciais de 6-0 e 7-6(8) sobre as compatriotas Teresa Franco Dias e Amália Suciu num duelo de wild cards permitiram à jogadora de Santiago do Cacém agendar encontro com as terceiras pré-designadas, Anna Danilina e Bibiane Schoofs.
 
Desfecho diferente conheceu Sara Lança, derrotada ao lado de Miroslava Medvedeva por 6-2 e 6-2 face às favoritas Amina Anshba e Panna Udvardy.
 
A jornada de quinta-feira arranca às 10h e o encontro de singulares de Francisca Jorge será o terceiro do dia (não antes das 13h) no Court Central, o mesmo palco dos quartos de final de pares que jogará ao lado da irmã (após descanso e não antes das 17h). O embate de Ana Filipa Santos foi agendado para as 14h no Court 2.
 
Fotografias: Beatriz Ruivo/Federação Portuguesa de Ténis
 

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domingo, 5 de maio de 2024 – 19:27:41

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