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008 - Artigo

“Os que não encontram tempo para o exercício terão de encontrar tempo para as doenças.”
(Edward Derby)
 
Esta é uma frase que faz todo o sentido, porque cada vez mais o estilo de vida sedentário, aliado ao uso crescente da tecnologia na vida quotidiana, estão a causar altos níveis de inactividade entre pessoas de todas as idades, especialmente nos mais novos.
 
O Ministério da Saúde refere que o estilo de vida é responsável por 54% do risco de morte por cardiopatia, 50% pelo risco de morte por acidente vascular cerebral, 37% pelo risco de morte por cancro e, no total, por 51% do risco de morte de um indivíduo. O estilo de vida sedentário é um factor de risco relevante para a enfermidade coronariana e para o acidente vascular, as principais causas de morte em todo o mundo. O risco de doença cardíaca para as pessoas menos activas e menos condicionadas pode ser o dobro se comparado ao das pessoas mais activas e condicionadas.
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece a grande importância da actividade física para a saúde física, mental e social, capacidade funcional e bem-estar de indivíduos e comunidades. Aponta para a necessidade de políticas e programas que levem em conta as necessidades e possibilidades das diferentes populações e sociedades, com o objectivo de integrar a actividade física ao dia-a-dia de todas as faixas etárias, incluindo nestas mulheres, idosos, trabalhadores e portadores de deficiências, em todos os sectores sociais, especialmente na escola, no local de trabalho e nas comunidades.
 
Depois de várias semanas a insistir neste assunto julgo já não existirem dúvidas quanto às vantagens para a saúde da prática de exercício físico regular, que, entre outras, melhora muitas das patologias frequentemente associadas à obesidade. Além disso, com a actividade física regular, consegue-se um aumento do gasto energético diário, da massa magra, e consequentemente um acréscimo do metabolismo basal, a longo prazo.
 
A actividade física regular deve ser entendida como fundamental para a saúde em geral e não só para a questão do excesso de peso. Em relação a este último, a actividade física é muito importante na sua prevenção, no auxílio à sua redução e para possibilitar que o controlo de peso se mantenha de forma sustentada e duradoura.
 
Alimentação adequada e actividade física regular não se dispensam uma à outra, porque actuam por mecanismos diferentes, embora o exercício regular possibilite uma restrição alimentar mais ligeira.
 
O exercício tanto ajuda a emagrecer durante a sua prática, como nas horas que se lhe seguem, ou seja, um indivíduo regularmente activo consome mais calorias em repouso do que o indivíduo sedentário. Isto deve-se sobretudo a dois fenómenos, à maior percentagem de massa magra no organismo (metabolicamente mais activa) e ao EPOC (termo Inglês que significa excesso de consumo de oxigénio pós-exercício). Explicado de forma simples o EPOC é uma consequência da elevação do metabolismo na prática de actividade física. Esse metabolismo mantêm-se elevado algum tempo após o fim desse exercício, consumindo por isso mais calorias do que se estivesse totalmente em repouso.
 
A actividade física mobiliza mais gordura intra-abdominal do que a dieta. Hoje em dia sabe-se que essa gordura localizada na barriga (no interior da parede abdominal) é mais ameaçadora e nociva para a saúde e está na base da maioria das complicações do aumento da gordura corporal, como sejam o aumento da pressão arterial, dos lípidos, da resistência à insulina e diabetes, do risco de acidentes cardiovasculares, etc. Concluindo, é impensável emagrecer BEM sem ter uma vida fisicamente activa.
 
A relevância do binómio actividade física e saúde leva à necessidade de melhor informar e educar a população acerca da prática regular da actividade física, como factor de promoção da saúde e prevenção de doenças.
 
Quer isto dizer que “alguma actividade” é melhor que “nenhuma” e “mais actividade” é melhor que “menos actividade”.
 
É importante compreender a relação intrínseca entre saúde e estilo de vida (hábitos sociais e culturais), em que a actividade física participa como factor fundamental.
 
Deve-se ter sempre em mente que o corpo humano foi projectado para a acção, e não para a inactividade.
 
Ser desportista é uma opção pessoal, …ser activo é uma obrigação fundamental!
 
Referências:
·        Lapas, H. (s/d). Saúde e desporto. Retrieved 15 Apr, 2006, from http://www.hoops.pt/desporto/saudedesp.htm
·        Tavares, C., Raposo, F., Marques, R. (2005). Prescrição de exercício em health club (3ª ed), Cacém: Manz

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