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VII GP Arrábida

Jantou, arrumou a cozinha, abriu a garrafa de Moscatel que foi prémio de presença para todos os participantes chegados à meta do VII Grande Prémio da Arrábida, mantendo intacta a 1ª que ganhou em 2007 na 2ª edição da Corrida (o Moscatel estraga-se?) e instalou-se no sofá com um copo ao lado e um pedaço de chocolate preto picante, que ia bebericando e mordiscando respectivamente, para escrever sobre a Corrida, a dela e a de mais ninguém, embora saiba que há por certo 586 estórias para contar, tantas quantos os atletas chegados à meta ontem em Setúbal. Mas a dela é a dela. Gosta de ter a veleidade de acreditar que se escrever, a sua voz chega além e ao chegar além pode tocar alguém e servir para alguma coisa minimamente útil. Acredita que com as suas palavras divulga e promove a Corrida e pode trazer a mais alguém os benefícios que a Corrida lhe traz a ela. É por isso que escreve mas se dissermos que não sente um prazer e um bem estar tremendo ao escrever, estaríamos a mentir.


O VII Grande Prémio da Arrábida

Aconteceu a 25 de Novembro de 2012, numa manhã chuvosa e cinzenta, organizado pelas Lebres do Sado, o Grande Prémio, não a manhã, mas esta veio também a revelar-se muito agradável para quem aceitou o convite e desafio de correr este Grande Prémio que se realizou pela 7ª vez.

As Lebres sabem o que fazem. Correm. Por isso tão facilmente e de forma tão cativante vão ao encontro dos requisitos dos que participam e alinham ali ano após ano e que são cada vez mais fruto do eco de todos os que participam. Foi mais uma edição de sucesso.

Já com um número de participantes razoável, nem por isso deixou de funcionar de forma muito eficaz, quer nas inscrições, entrega de dorsais, horário e tudo o resto.

A prova tem a particulariedade de, após o tiro de partida, o pelotão se manter compacto por cerca de 2 km, pois as Lebres "obrigam" a manter um ritmo razoavelmente lento e ninguém os pode passar antes disso, o que no meu caso não tem grande influência pois o lento deles é rápido par mim. No entanto, estou sempre acompanhada e não há grande dispersão antes disso.

A Corrida sai do Jardim de Vanicelos em Setúbal, e vai para Palmela, enveredando por estradas de terra batida, e subindo sem piedade até Palmela. Aí volta-se ao asfalto por uns bons metros mas depressa estamos de novo em estrada de terra batida agora a descer, não vertiginosamente mas com uma inclinação razoável. No final dessa descida atingimos já o km 10, e se antes já tivemos direito a 2 abastecimentos de água, aqui e agora temos prova de Moscatel e Línguas de gato. Também a indumentária dos supostos empregados de mesa que nos servem o dito Moscatel, não passa despercebida mesmo debaixo das capas de plástico na tentativa de se protegerem da chuva. Um requinte a meio da Corrida. Uma tradição, a promover e dar voz a um produto local: o divinal Moscatel de Setúbal assim como à forma afável de receber desta gente.

A meta é de novo no jardim de Vanicelos, verde coberto de folhas caídas a embelezar o Outono nesta manhã cinzenta no céu e colorida nesta terra e nestas estradas que os atletas percorreram, bem protegidos pelo trânsito devidamente bem condicionado e até inexistente em boa parte do percurso bem sinalizado. À chegada à Meta, é-nos entregue de imediato a nossa classificação no escalão embora provisória. Cerca de 24 horas depois está disponibilizada na internet de forma completa e detalhada.

As entregas de prémios por classificação e por escalão fazem-se no local de forma perfeitamente regular e em bom ambiente.

E foi este o VII Grande Prémio da Arrábida. Tivemos um rebanho de ovelhas à beira da estrada, tivemos serras verdes e um um céu carregado de cinzento, uma chuva purificadora e um percurso adorável (claro que estas últimas palavras da frase estão carregadas de subjectividade mas estou-me absolutamente nas tintas, é o que eu sinto e isso é claro e inegável, que venham então os outros 585 relatos da prova e façam-se estatísticas e tirem-se conclusões tão ou mais subjectivas que esta).

No meu entender, a prova está de Parabéns. Muito bem conseguida! Volto sempre!

Prémios de participação para além da própria vivência: t-shirt e garrafa de Moscatel.

Em simultâneo decorreu uma prova de 7 km a caminhar ou correr, a dar oportunidade de participar no evento aos menos preparados.

Cheira a estrume o ar, há lama no chão, há chuva nos rostos lavados em sorrisos francos, há a essência do ser, há condições para correr e Ser. No Grande Prémio da Arrábida onde eu quero sempre voltar.

Muitos Parabéns às Lebres do Sado e que venha a VIII edição, que eu quero lá voltar a correr.

As classificações podem ser vistas no site da organização: Lebres do Sado


Ana Pereira
http://mariasemfrionemcasa.blogspot.pt/


  

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