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A única equipa nacional de cavaleiros/atletas, com deficiência motora, vai iniciar a época desportiva 2019, dias 16 e 17 de Fevereiro, no CPDN (Concurso de Paradressage Nacional), em Alfeizerão, com o objetivo principal de obter qualificação para o Campeonato da Europa que se realizará, em Agosto, na Holanda.
Cardiga Paradressage Team, assim se chama a equipa, é composta por cinco atletas, todos com paralisia cerebral, com graus de funcionalidade motora diferentes três, dos quais, com curriculum Internacional. O grupo, precisa de mais apoio financeiro, para continuar a trabalhar e vir a representar Portugal além-fronteiras. Nomeadamente, para prosseguir o programa “Cavalgar até Tokyo 2020”, projeto de preparação paralímpica que inclui a participação no Campeonato da Europa 2019, cujo orçamento ronda os 18.000€.
Os atletas; Inês Alemão Teixeira, de 23 anos (na foto), Rita Lagartinho, de 20 anos, Ana Luiza Berbari, de 19 anos, José Neves e João Castelo, de 20 anos, trabalham ou estudam, mas os elevados custos da modalidade, impedem-nos de chegar mais longe, como é seu desejo e dos seus treinadores. Apesar de já contarem com alguns apoios, estes são insuficientes para fazer face às despesas de deslocação, alojamento, inscrições nas provas nacionais e internacionais, que seria desejável participarem para subir no ranking.
João Castelo, que vive em Fazendas de Almeirim, percorre 200km para treinar na Academia Equestre João Cardiga, em Oeiras, clube que há mais de 25 anos, se dedica ao desenvolvimento da equitação inclusiva – Equitação Para Todos.
João Castelo, optou por treinar na Academia, por não existirem muitas alternativas credíveis na sua área. Só em deslocações para treinar, João Castelo gasta cerca de metade do ordenado mínimo nacional. Este é apenas um exemplo, das diversas dificuldades que todos tem.
Este apelo é lançado pela direção da Academia J Cardiga, que afirma: “acreditamos no enorme potencial o desporto adaptado, nomeadamente na modalidade equitação. Esta Academia conta, atualmente, com 260 praticantes, 110 dos quais são portadores de deficiências e 18 praticam equitação desportiva adaptada, juntamente com os atletas das outras disciplinas ditos “sem deficiências”.