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Ricardo Filipe e José Martins não tiveram sorte na sua participação na edição 2024 do Rali Vinho da Madeira. A dupla que defende as cores da Olha o Cogumelo desistiu logo após a 4ª PEC, com problemas no Skoda Fabia R5, quando já rodava dentro do Top 10 das contas do Campeonato de Portugal de Ralis.
A participação na desafiante prova madeirense começou logo com o ‘pé esquerdo’. Durante o Qualifying, Ricardo Filipe deu um toque, não chegando sequer a marcar tempo, ficando por isso numa má posição para escolher a sua ordem de partida para a etapa inicial.
O arranque competitivo da prova foi cauteloso e na Super Especial “Cidade do Funchal”, cumprida ao fecho da tarde de quinta-feira, Ricardo Filipe optou por “um andamento conservador, até para limparmos o chip do percalço no Qualifying. Não queríamos cometer erros e acabamos por desfrutar de ambiente incrível, com muito público a assistir, como é apanágio nesta ilha, onde os ralis são vividos como em mais nenhum lugar. Por outro lado, deu para perceber que o carro estava bom e isso dava-me confiança para atacar o resto da prova”.
A manhã do segundo dia de competição incluía três classificativas e nem começou da melhor forma com a dupla da Olha o Cogumelo a dar um pequeno toque logo na primeira PEC (Campo de Golf 1) na sequência de “um alargar da trajetória numa direita, que atirou o carro para a zona suja, tocando no muro, mas, felizmente, sem consequências de maior, pois deu para controlar o Skoda e continuar, embora perdendo muito tempo”.
O percalço ditou a descida ao 16º lugar nas contas do CPR, mas o aguerrido piloto algarvio não ‘atirou a toalha ao chão” e, nas passagens por Palheiro Ferreiro 1 e Santana 1 registou por duas vezes o 9º tempo nas lides particulares do campeonato, subindo no fecho dessa secção matinal ao 10º lugar da geral, a poucos segundos dos pilotos que rodavam nos lugares logo acima, ficando claro que “o nosso andamento estava a ser forte e, em circunstâncias normais, poderíamos subir alguns lugares na classificação até final”.
Mas, a sorte nada quis com Ricardo Filipe. Logo que saiu do parque de assistência e quando rodava no percurso de ligação a caminho da primeira especial da tarde, o Skoda Fabia R5 começou a “a perder potência, fosse no modo Road, fosse no modo Race e, por precaução, não restou mais nada do que parar. Mal o Skoda chegou à assistência, percebemos que não era nada de grave, mas, depois de um rali tão azarado e sabendo que nada mais havia a fazer quanto à classificação, optamos por não alinhar no sábado”.
Em jeito de rescaldo da prova, Ricardo Filipe frisou no final que “andamos bem, mas foi um rali muito atribulado e para esquecer!... Pequenos erros, falta de sorte, tudo nos sucedeu. Fica a experiência, a satisfação por termos, uma vez mais, provado que o nosso ritmo está mais forte e agora vamos lá preparar da melhor forma o Rali da Água, muito importante para as nossas contas no campeonato”.
A próxima prova será o Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves Verin, organizado pelo CAMI Motorsport, aprazado para os dias 13 e 14 de setembro.