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Localidade: | Concelho: | Distrito: |
Vila Nova de Famalicão | Famalicão | Braga |
Inaugurado a 8 de dezembro de 1972 com a I Bienal de Artistas Novos, o Museu da Fundação Cupertino de Miranda foi reaberto ao público em 1994 com a exposição “Surrealismo (e não)”, integrando parte das obras oferecidas pelo Eng.º João Carlos Sobral Meireles. Desde então, tem vindo a apresentar sistematicamente exposições temporárias, onde se tem incluído obras da coleção. Situa-se ao longo da torre, desde o 2.º ao 6.º andar, inclui 16 salas e está disposto em espiral para aproveitamento de espaços e fácil subida. A 8 de maio de 2003 integrou a Rede Portuguesa de Museus. Em dezembro de 2010 recebeu uma menção honrosa atribuída pela Associação Portuguesa de Museologia referente à categoria “Melhor catálogo” pela edição “Mário Cesariny: coleção Fundação Cupertino de Miranda”.
Entre os bens pessoais que os fundadores doaram à Fundação Cupertino de Miranda, conta-se um grande número de obras de arte com que se iniciou a coleção do Museu e que, desde então, fazem parte do seu acervo. Destaca-se o tríptico “A Vida” de António Carneiro – obra-prima da pintura simbolista portuguesa.
Seguindo as pisadas do Fundador, o Eng.º João Carlos Sobral Meireles doou 123 obras ao Museu, com especial ênfase para autores ligados ao Surrealismo português, tais como Carlos Calvet, Carlos Eurico da Costa, Cruzeiro Seixas, Eurico Gonçalves, Júlio, Manuel D’Assumpção, Mário Botas, Mário Cesariny, Mário Henrique Leiria, Pedro Oom, Risques Pereira entre outros.
O Museu da Fundação Cupertino de Miranda conta no seu acervo, datado maioritariamente do século XX, com uma importante coleção de obras de arte (pintura, desenho, escultura e gravura), composta essencialmente por artistas surrealistas, mais especificamente do Surrealismo português, que é proveniente de doações, aquisições e legados de que se destacam as coleções de Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Eurico Gonçalves, Júlio dos Reis Pereira e Fernando Lemos.
O acervo abrange os momentos do Surrealismo, não se delimita aos contornos do movimento e procura dedicar atenção a uma intervenção mais ampla da relação dos artistas com este movimento.
A coleção atende a percursos individuais e a progressões históricas antecedentes e consequentes. Integra pintura, desenho, escultura, fotografia, colagem, objetos, obra gráfica, livros, manuscritos, correspondência, entre outros, e alberga já cerca de 2.500 peças que se estendem por diversas técnicas.
Assumem importância os núcleos de Cruzeiro Seixas, Mário Cesariny, Fernando Lemos, júlio dos Reis Pereira, Eurico Gonçalves e Gonçalo Duarte pela sua dimensão.
A coleção adota hoje uma identidade própria, importante para o concelho e para o país.
Centro de Estudos do Surrealismo
Ativo desde 1999, o Centro de Estudos do Surrealismo (CES) é um organismo que depende do Museu e tem por objetivo reforçar um património cada vez mais representativo do surrealismo português enriquecendo continuamente a coleção de obras deste movimento e permitindo delinear de uma forma
cada vez mais completa o percurso daqueles que iniciaram esta aventura. O centro vem desenvolvendo um trabalho contínuo de estudo, pesquisa e preservação das obras do museu, num esforço para tornar visíveis as obras mais significativas do acervo, através da programação constante de exposições.
Espaço Fernando Lemos
A atividade fotográfica de Fernando Lemos deixa uma marca na história do Surrealismo e da fotografia em particular, merecedora de destaque, e em 2001, do Prémio Nacional de Fotografia. O Museu reserva-lhe um espaço próprio, onde estão expostas fotografias do autor que nos revelam as captações de uma objetiva que nos fazem recuar mais de 50 anos e nos transportam para o imaginário estético da fotografia surrealista. Um conjunto de imagens que desenham a vida do autor durante 4 anos e revelam a mestria no uso da máquina fotográfica.
Espaço Mário Cesariny
A Fundação Cupertino de Miranda e um dos grandes Mestres do Surrealismo – Mário Cesariny, assumiram ao longo dos últimos anos uma relação de grande proximidade. Mário Cesariny possibilitou a aquisição, quer por compra, doação e legado de uma grande parte da sua biblioteca e do seu acervo artístico e documental. Fruto desta aquisição é possível visitar à entrada do Museu o Espaço Mário Cesariny. Todos os anos, em novembro, realizam-se na Fundação Cupertino de Miranda os “Mário Cesariny Encontros” em homenagem ao artista e ao poeta, mas também como lembrança e celebração de que este homem e artista continua a representar de maneira exemplar o Surrealismo como expressão artística e literária.
Espaço Cruzeiro Seixas
Disponível para visita também no Museu, a partir de agora, o Espaço Cruzeiro Seixas composto por 3 salas que reúnem algumas das obras do autor pertencentes à coleção da Fundação. Pretende-se tornar visível o trabalho desenvolvido pelo artista ao longo de décadas dedicadas às artes plásticas que nos permite apontar Cruzeiro Seixas como um dos divulgadores e dinamizadores do surrealismo, com uma entrega profunda ao ato criativo.
Conteúdos da responsabilidade do museu
Outras Informações: Praça D. Maria II, 4760-111 Vila Nova de Famalicão