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Frederico Silva e Duarte Vale avançam para a segunda ronda do Indoor Oeiras Open

 
- Gastão Elias e Pedro Araújo travados no arranque do quadro principal
 
Frederico Silva e Duarte Vale entraram com o pé direito na nova temporada e apuraram-se para a segunda ronda do quadro principal do Indoor Oeiras Open, onde Gastão Elias e Pedro Araújo não tiveram a mesma sorte e acabaram eliminados. Este é o primeiro de três torneios do ATP Challenger Tour organizados pela Federação Portuguesa de Ténis no Complexo de Ténis do Jamor.
No arranque de 2025, Frederico Silva (307.º do ranking ATP) tornou-se no primeiro vencedor português no quadro principal do torneio ao superar o qualifier norte-americano Trey Hilderbrand (723.º) por 6-7(6), 6-2 e 6-4.
 
O encontro, resolvido em 2h36, não se apresentou fácil para o número quatro nacional face às características peculiares de Hilderbrand: o gigante de 1,96 metros carregou sempre na rede, quer a partir do serviço, quer a partir da resposta (se possível), e não deu ritmo ao caldense, nem sequer quando estava no fundo do court, pois as pancadas foram quase todas em slice.
 
O campeão nacional absoluto cedeu o serviço em quatro ocasiões, uma das quais a 5-4 do primeiro set, mas foi capaz de concretizar sete quebras no bom serviço de Hilderbrand — a última a 5-4 do parcial decisivo.
 
"Foi positivo principalmente pela vitória. Sabia que não ia ser um encontro em que me ia sentir muito confortável e que ele não me ia dar muito ritmo de jogo, mas acho que fui bastante competente a responder ao serviço e, apesar de ser a melhor arma dele, acabei por fazer mais breaks do que estava à espera. Também sofri mais do que esperava, mas tive uma boa atitude, mantive-me positivo apesar dos altos e baixos e fiquei contente com a vitória”, analisou Silva.
 
Depois de um 2024 recheado de vitórias (superou a meia centena), o triunfo desta terça-feira inaugurou a contagem de 2025 e permitiu ao jogador das Caldas da Rainha marcar encontro com Hamad Medjedovic.
 
O sérvio, número 112 mundial e de fora do Australian Open por opção, saiu de entre a espada e a parede para bater o bielorrusso Egor Gerasimov (368.º, antigo 65.º) por 1-6, 7-6(4) e 6-4.
Logo a seguir, Duarte Vale (494.º ATP) seguiu o mesmo caminho ao resistir a um enorme braço de ferro com o espanhol Daniel Merida (296.º) para vencer por 2-6, 6-4 e 7-6(5) após 2h09.
 
Após uma primeira parte do encontro para esquecer, com muitos erros não forçados e várias duplas faltas (no total foram 14), Vale elevou o nível, em especial na movimentação, e começou tanto a comandar o duelo como a passar da defesa para o ataque a partir dos cantos com elevada eficácia.
 
Sempre com atitude irrepreensível, o tenista natural de Cascais prevaleceu fisicamente, subiu a agressividade no ataque aos serviços de Merida e direcionou jogo mais para o canto esquerdo para atingir um dos momentos mais marcantes da carreira. No total foi a nona vitória a nível Challenger, mas a primeira em quadros principais, naquela que foi a oitava tentativa.
 
"Acima de tudo estou muito satisfeito pela maneira como superei o que aconteceu. Não foi nada fácil desde o início e estou contente por não ter entregue o jogo com os pensamentos que começam a aparecer depois de uma entrada tão má", admitiu o jogador licenciado nos Estados Unidos da América.
 
“Tentei focar-me no que podia fazer e aos poucos fui-me sentido melhor e reduzindo o número de erros que estava a fazer. Acabei por ganhar confiança e comecei a sentir que podia dar a volta ao jogo”, acrescentou Duarte Vale.
 
Na segunda eliminatória, o número sete nacional terá pela frente um contemporâneo de 1999, o húngaro Zsombor Piros (248.º). O sétimo cabeça de série está à procura de voltar a um ranking mais condizente com o seu valor (já foi 106.º e arrecadou cinco títulos Challenger, um deles o Oeiras Open 125 de 2023) e esta terça-feira bateu o qualifier lituano Ricardas Berankis (312.º, antigo top 50) por 6-3 e 7-5.
 
Antes, Gastão Elias (318.º) e Pedro Araújo (415.º) não conseguiram ser felizes no regresso ao Jamor e despediram-se da prova na primeira ronda.
 
Um ano após brilhar neste mesmo palco, onde atingiu uma final e umas meias-finais nos dois torneios que inauguraram 2024, o mais velho dos tenistas portugueses em atividade (celebrou 34 anos em novembro) não encontrou argumentos para Daniel Rincon (276.º), que no dia do 22.º aniversário triunfou por 6-3 e 6-3 em 67 minutos.
 
Com uma exibição muito pouco inspirada no serviço, Elias convidou o adversário espanhol a dominar o encontro desde cedo e não teve argumentos para vencer o duelo ibérico que inaugurou a 18.ª época como tenista profissional.
 
“A chave a este nível é o serviço e hoje não estive bem nesse tema, falhei muitos. O encontro complica-se logo por conta disso. Servi mal, fiz algumas duplas faltas e ele passou muito rapidamente para a frente do resultado sem grande dificuldade porque foram jogos muito mal perdidos da minha parte. Fiz com que ficasse mais fácil para o lado dele e jogou muito relaxado. Tenho pena da falta de tempo que tive para treinar esta pancada em específico. Se isto fosse futebol provavelmente hoje tinha sido aquele jogo típico em que eu tinha entrado aos 60 ou 70 minutos”, analisou após o regresso desapontante.
 
Araújo também enfrentou algumas dificuldades na pré-época, mas por conta de bolhas na mão direita, e acusou a falta de ritmo competitivo na derrota por 6-4, 3-6 e 6-2 para o qualifier russo Ivan Gakhov (314.º).
 
O convidado da organização para o torneio ainda recuperou de 3-1 no segundo parcial, mas acabou penalizado por baixar o nível competitivo no set decisivo e não conseguiu amealhar o primeiro duelo da temporada, isto após um final de 2024 que terminou a todo o gás – disputou a terceira final de carreira em Vale do Lobo e chegou à segunda ronda do Maia Open.
 
"Houve pontos positivos, nomeadamente o serviço durante o primeiro set. Esteve melhor do que tem estado, mas cometi alguns erros um bocadinho estranhos que podem ser devido ao facto de já não competir há algum tempo. Apesar disso consegui subir o nível e acabei o segundo set a jogar bem, mas infelizmente houve dois ou três pontos que fizeram a diferença no terceiro, podia ter feito melhor no jogo em que levo o break porque falhei uma bola que não era para falhar”, explicou o lisboeta de 22 anos.
 
Sem tempo a perder, os dois portugueses regressam à ação já esta quarta-feira para procurarem um lugar nos quartos de final do Indoor Oeiras Open 1. Duarte Vale será o primeiro a atuar, logo às 13h no Court 1, seguido de Frederico Silva.
 
Fotografias: Beatriz Ruivo/FPT
 
 

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quarta-feira, 14 de maio de 2025 – 13:43:46

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