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Paris’2024: A corrida de coração de Susana Santos

 
Diário de Paris: Foi guardada para o final do programa e foi épica a maratona feminina nos Jogos Olímpicos de Paris’2024. Portuguesa Susana Santos terminou no 57º lugar com 2h35m57s.
 
A maratona feminina já por si é mediática, mas quando uma atleta anuncia querer competir e ganhar medalhas olímpicas nas distâncias de meio-fundo, 5000 e 10000 metros e maratona, como a neerlandesa Sifan Hassan, mais notória se torna. E, para mais, um grupo forte andou sempre na frente e tudo se decidiu nos últimos metros, com Hassan a “sprintar” em força para arrecadar o ouro com a marca de 2h22m55s, um recorde olímpico, E assim, cumpriu o ditado, à terceira foi de vez: depois de bronze nos 5000 metros (5 de agosto), do bronze nos 10000 metros (dia 9 de agosto), o ouro na maratona. São já seis as medalhas olímpicas de Hassan: ouro nos 5000 e 10000 metros em Tóquio, ouro na maratona em Paris, e bronzes nos 1500 metros em Tóquio, 5000 e 10000 metros em Paris. Atrás dela ficaram a etíope Tigst Assefa (2:22.58) e a queniana Hellen Obiri (2h23m10s).
 
Lá mais para trás, correndo a “sua” maratona, Susana Santos esteve cautelosa na primeira metade da prova, passando à meia-maratona em 1h15m03s, mas a outra metade foi mais difícil e mais lenta (1:20.54), isso é depois explicado nas suas declarações no final da prova.
 
“Não foi para isto que eu trabalhei, estava no meu melhor momento de forma, fiquei aquém da minha marca pessoal, sei que hoje também não era para bater o recorde pessoal, mas esperava aproximar-me. A partir dos 30 km comecei a sofrer muito com muitas cãibras. Tive então de gerir o esforço para não parar e chegar até ao fim”, referiu, adiantando que a subida pronunciada antes dos 29 km fez muita mossa. “Foi a partir daí que comecei a quebrar a sentir muitas dores musculares. O esforço então foi para acabar”.
 
A sua inexperiência, esta foi a sua terceira maratona, não lhe permite ainda perceber onde esteve o problema, embora o percurso mais duro, diferente dos percursos de Sevilha e Valencia, mais planos ajude a explicar qualquer coisa. “Hoje foi pior do que m Valencia, quando consegui a marca de qualificação. A dureza do percurso e o calor, embora seja igual para todas, foi aquilo a que menos me adaptei. Depois da subida, os últimos 15 quilómetros foram muito difíceis, praticamente corri apenas com o coração. Senti muitas dores no corpo”, fechou a atleta que, antes de pensar em mais alguma coisa, o pensamento é recuperar desta maratona.
 

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sexta-feira, 4 de outubro de 2024 – 11:50:46

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