João Pedrosa/Hugo Campos e Beatriz Pinheiro/Inês Castro são as duplas que representam Portugal

no FISU World University Championship Beach Sports.

 

A dupla de Voleibol de Praia João Pedrosa/Hugo Campos vai defender o título de campeã mundial universitária no Brasil, país que recebe, de 2 a 8 de Setembro, o Campeonato Mundial Universitário de Praia. Em femininos, a representação do nosso País volta a estar a cargo de Beatriz Pinheiro/Inês Castro. Acompanham-nas os seleccionadores nacionais Ricardo Rocha e Januário Alvar e a árbitra internacional Maria Michelle.

Pedrosa e Campos estão inseridos na Pool B, defrontando amanhã a dupla brasileira Denilson Sobral/Wesley Silva.

Na quarta-feira, os tricampeões nacionais enfrentam, sucessivamente, Gage Basey/Thomas Hurst (Estados Unidos) e Taito Mizumachi/Ryuichi Adachi (Japão).

As tricampeãs nacionais Beatriz e Inês estão inseridas na Pool H, enfrentando amanhã, sucessivamente, as duplas Amela Llugaliu/Gresa Raci (Kosovo) e Valeria Matarrita/Fabiana Guevara (Costa Rica).

 

Na quarta-feira, defrontam a dupla teoricamente mais forte, formada pelas austríacas Magdalena Rabitsch e Anja Trailovic.

 

As duplas apoiadas pela FPV estão inseridas na comitiva universitária que está a participar no FISU World University Championship Beach Sports 2024, a decorrer nas praias de Botafogo e da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

 

O torneio de masculinos será disputado por 40 duplas e o de femininos por 32 duplas.

Os dias 3 e 4 de Setembro (terça e quarta-feira) são dedicados à fase de grupos e o dia 5 (quinta-feira) à fase eliminatória, o dia 6 (sexta-feira)  igualmente aos jogos a eliminar e, ainda, às meias-finais. O dia 7 (sábado) está reservado para os jogos das finais. Ver calendário 

 

Os portugueses, campeões mundiais universitários desde 2022, têm a mira assestada na revalidação do título, o que, a acontecer, será inédito, pois só houve um jogador, o alemão Jonas Schroder, que conseguiu vencer por duas vezes, consecutivas ((2012 em Maceió e 2014 no Porto), mas formando duplas diferentes.

Um facto que aumenta a pressão sobre os campeões em título, mas que, no caso, e fazendo jus às cacterísticas dos jovens guerreiros lusitanos, acaba por funcionar como uma motivação extra.

 

“Sem dúvida que a revalidação do título é o objectivo principal e ser campeão pela segunda vez consecutiva é uma das nossas grandes ambições. O facto de podermos vir a ser a primeira dupla a conseguir revalidar o título é uma motivação extra“, reconhece Hugo Campos, com João Pedrosa a acrescentar que “depois de ganharmos a última edição do Campeonato do Mundo Universitário, obviamente algo que seja abaixo do primeiro lugar não será tão satisfatório quanto gostaríamos. Contudo, sabemos perfeitamente que vai ser muito difícil, pois o nível está ainda mais forte do que há dois anos. Vai ser um desafio enorme, mas o nosso objectivo é ganhar“.

 

Outra característica da dupla tricampeã nacional é ser realista, pelo que Pedrosa e Campos têm o título no horizonte, mas os pés bem assentes na areia…

“O facto de termos ganho há dois anos não implica, só por si, o termos de ganhar outra vez. Vamos para o Brasil com uma mentalidade e o objectivo de ganhar, mas sem nunca perdermos a noção de que estamos lá porque gostamos de jogar, é a nossa paixão, e estamos focados numa só coisa: lutar por todos os pontos e tentar desfrutar desta experiência que será jogar no Rio de Janeiro. Se nos soltarmos e o nosso jogo conseguir estar ao nível que tem estado, vamos ser uns sérios

candidatos ao título“, avisa João Pedrosa, com o desígnio dos portugueses a ser reforçado por Hugo Campos: “Temos a noção de que esta edição do Mundial vai ser ainda mais competitiva devido às duplas que vão participar, pois são duplas que participam connosco no Circuito Mundial, algumas com quem já nos cruzámos e sabemos que são complicadas de defrontar. No entanto, estamos extremamente motivados e depois de termos sentido o gosto do que é ser campeão mundial universitário, queremos voltar a passar por essa experiência e dar essa alegria a todos os portugueses e, em particular, a todas as pessoas que nos acompanham mais de perto“.

Imagens: FADU

 

Em 2022, Pedrosa e Campos sagraram-se campeões mundiais universitários ao vencerem, por 2-1 (21-17, 16-21 e 15-13), a dupla suíça Zurcher/Jordan na Final dos Mundiais Universitários de Voleibol de Praia (World University Championship Beach Volleyball) disputados em Maceió, no Estado de Alagoas, Brasil.

 

Com este resultado, Pedrosa e Campos conseguiram a melhor classificação de sempre de uma dupla portuguesa no Campeonato do Mundo Universitário, superando o  5.º lugar alcançado em 2014, no Porto, por Rosa Couto/Marta Hurst.

 

Em 2013, Juliana Antunes Rosas e Tânia Oliveira venceram, no Porto, o Europeu Universitário.

 

Guilherme Maia e Filipe Leite terminaram a competição no 13.º lugar, Inês Vasco e Matilde Mouta ficaram no 23.º posto e a dupla Beatriz Pinheiro/Inês Castro foi 25.º classificada.

 

Na semana passada, a dupla orientada pelo Seleccionador Ricardo Rocha classificou-se no 13.º lugar no Beach Pro Tour Elite16 de Hamburgo, na Alemanha.

Na Pool D do Quadro Principal, os tricampeões nacionais defrontaram os germânicos Paul Henning e Maximilian Just e as duplas neerlandesas Steven van de Velde/Matthew Immers, medalhada com o bronze no Campeonato da Europa 2024, e Stefan Boermans/Yorick de Groot, 5.ª classificada nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

 

No Campeonato da Europa de Seniores, competição em que fez a sua estreia, a dupla tricampeã nacional defrontou, na Pool E, em Apeldoorn, nos Países Baixos,  as duplas Boersman/De Groot (os neerlandeses foram vice-campeões europeus em 2021 e 5.ºs classificados nos Jogos Olímpicos de Paris 2024), Janiak/Brozyniak, da Polónia, e Strankevicius/Knasas, da Lituânia.

Imagem: FADU Portugal