>
No panorama da sociedade atual, existe ainda o estereótipo que o xadrez é um jogo para o sexo masculino. Estudos dizem que é mais fácil uma mulher ser presidente dos EUA do que ser Campeã Mundial de xadrez, sendo que outros dados revelam que apenas 2% dos Grande-Mestres (GM) são mulheres.
Apesar de já existirem algumas iniciativas a nível mundial para promover o xadrez feminino (The Susan Polgar Foundation), acreditamos que é possível fazer mais, através da Academia de Xadrez da Maia, para captar elementos do sexo feminino para a prática desta modalidade, com o objetivo final de criar um núcleo sólido e consistente.
Para este projeto, contamos com a ajuda de duas irmãs, professoras que cresceram a jogar xadrez, com vasto currículo de títulos nacionais, e que sempre se mantiveram motivadas e participativas na modalidade, muito devido ao facto de poderem contar uma com a outra - a solidariedade, coesão e compreensão feminina desempenha assim um papel crucial para a sustentabilidade da ligação xadrezista, num mundo maioritariamente masculino.
O projeto irá passar por aulas online (também presenciais quando for possível), com o propósito de abranger jovens, meninas e também mulheres adultas que demonstrem interesse pela modalidade. Irá também abranger acompanhamento a torneios e eventos, sempre com um acompanhamento muito próximo das nossas monitoras - no fundo, a criação de uma equipa verdadeiramente feminina.
Por último, realçar que este projeto tem como mote a badalada série da Netflix “Gâmbito de Dama” - que relata o sucesso da personagem Beth Harmon, uma jovem mulher que vinga no mundo masculino do xadrez nos anos 50-60. Esta é a motivação que faltava ao xadrez, e principalmente ao sexo feminino, para relançar e suscitar uma paixão que até ao momento tem estado adormecida, fazendo querer que será um projeto de sucesso.