Marginal do Porto recebe primeira edição da “Caminhada das Pontes”, uma iniciativa de sensibilização para as doenças malignas do sangue

 

Caminhar, apreciar a paisagem das pontes sobre o Douro e ajudar. É esta a proposta da primeira edição da “Caminhada das Pontes”, promovida pela Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas (APLL) – em parceria com a União de Freguesias do Centro Histórico do Porto e com o apoio da Abbvie e da Roche –, marcada para sábado, dia 23 de setembro, a partir das 10h00. Depois da iniciativa “Pedalar contra o Linfoma” – que se realizou, até 2014, no Parque da Cidade do Porto –, a APLL convida, agora, doentes, cuidadores, familiares e profissionais de saúde, assim como toda a população, a realizar uma pequena caminhada individual, ao próprio ritmo.

 

As equipas da APLL vão marcar presença junto às pontes que compõem o percurso de três quilómetros, entre a Ponte do Freixo e a Ponte Luís I, para entregar o kit de caminhada – uma t-shirt, um saco e água –, assim como para dar informações sobre o evento. A hora de início da caminhada e o ponto de receção dos kits é opcional, de modo a evitar a concentração de pessoas no mesmo local, permitindo também que cada participante faça a gestão do seu percurso, consoante a sua forma física. O encerramento da atividade terá lugar em Miragaia, onde, a partir das 11h30, serão distribuídos lanches pelos participantes.

 

No mês que assinala a consciencialização para as doenças malignas do sangue, a iniciativa pretende sensibilizar os portugueses para a necessidade de reforçar o apoio prestado a doentes que sofrem destes tipos de cancro. A ação apela, acima de tudo, ao convívio da população com doentes e voluntários, dando, assim, a conhecer o trabalho desenvolvido pela APLL no âmbito da luta contra as leucemias, linfomas, mielomas e outras doenças do sangue. As inscrições – que têm um custo de cinco euros e incluem a oferta do kit de caminhada – podem ser realizadas através do código QR presente no cartaz, ou no centro de atividades da APLL (Rua Damião de Góis, 96, aberto à terça-feira e à quinta-feira, entre as 15h00 e as 17h00). Os participantes terão, ainda, a possibilidade de se inscrever no próprio dia da caminhada.

 

Refira-se que a APLL tem apostado na reabilitação física e psicossocial de doentes e sobreviventes de cancro. Assim, esta nova iniciativa, “Caminhada das Pontes”, vem incentivar os doentes a participar em atividades físicas. O programa “De volta à forma”, criado em 2015, em parceria com a Porto Lazer e a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP), possibilita que doentes e sobreviventes oncológicos tratados nos hospitais da Área Metropolitana do Porto usufruam de um plano de recuperação física totalmente gratuito.

 

A ajuda psicológica e a manutenção do bem-estar psicoemocional dos doentes são, também, prioridades, tendo sido desenvolvidos diversos projetos nesse sentido. Mais recentemente, a APLL iniciou o (S)em Stress, uma iniciativa – dinamizada em parceria com o Bairro Feliz do Pingo Doce –, que pretende reduzir o stress e a solidão de doentes oncológicos através da participação em aulas de grupo de Yoga e Pilates, adaptadas às suas necessidades. Desde 2001, a APLL – uma associação sem fins lucrativos criada por doentes, familiares e profissionais de saúde, no Porto – tem procurado melhorar a qualidade de vida de doentes com doenças malignas do sangue, nomeadamente leucemias, linfomas e mielomas, e dos seus familiares, facultando apoio psicológico e, quando necessário, financeiro.

 

Ajuda é “mais necessária do que nunca”

 

Isabel Leal Barbosa, presidente da APLL, convoca a solidariedade de todos os portugueses, salientando que “o apoio prestado pela associação é, no caso de muitos doentes, essencial à sua sobrevivência, uma vez que muitos dos associados não têm meios económicos para adquirir alguns dos medicamentos de que necessitam”. E acrescenta: “Esta é uma situação que se agravou com a crise económica que atravessamos. Mais do que nunca, precisamos da ajuda e contribuição de todos para dar força à luta contra estas doenças”. E conclui: “A APLL é feita de pessoas para pessoas, de todos e para todos!”.