Spyridon e Angela Maurer vencem em Setúbal

Spyridon Gianniotis (Grécia) e Angela Maurer (Alemanha) foram os vencedores da FINA Setubal Bay 10km World Cup que decorreu ontem em Setúbal, numa prova em que Arseniy Lavrentyev obteve a melhor classificação portuguesa de sempre.
 
Spyridon Gianniotis demorou 1:40:29.5 a percorrer os dez quilómetros, terminando à frente do búlgaro Petar Stoychev (1:40:31.4) e do alemão Thomas Lurz (1:40:36.9), vencedor das duas edições anteriores.
 
Foi a primeira vez que o grego venceu, tendo como melhor resultado até este ano o quarto lugar obtido em 2009. Angela Maurer também terminou em 1.º lugar pela primeira vez, depois do 2.º lugar em 2008 e 2009 e do 3.º em 2010. A germânica completou o circuito em 1:48:41.9. No 2.º posto ficou a compatriota Isabell Donath (1:48:43.2) e em 3.º a grega Kalliopi Araouzou (1:48:51.3).
 
Arseniy Lavrentyev obteve a melhor classificação portuguesa de sempre, com o 4.º lugar (1:40:38.2), posição que o nadador já tinha alcançado em 2006, mas na altura ainda com a nacionalidade ucraniana. O nadador sagrou-se campeão nacional na distância de 10 quilómetros.

Daniela Pinto foi a nadadora portuguesa mais bem classificada, em 11.º, com o registo de 2:01:37.2.

 Spyridon Gianniotis: “Apostei na táctica certa”
 
 
O vencedor disse que “não estava à espera de terminar em primeiro porque geralmente não sou muito bom em água fria, mas queria fazer uma boa prova. Apostei na táctica certa, porque mantive-me no grupo da frente e nos últimos metros imprimi um ritmo muito forte.

Angela Maurer: “Esta corrida foi perfeita”
 
A vencedora disse que “a água estava fria e tínhamos uma corrente forte, mas estou muito contente por ter terminado em 1.º e para mim esta corrida foi perfeita.” A nadadora revelou que “para combater o frio tento ser forte psicologicamente.

 Arseniy Lavrentyev: “Sabia que estava em grande forma”
 
 
Arseniy Lavrentyev revelou que “queria fazer uma grande prova. Sabia que estava em grande forma, mas também sabia que estavam aqui dos melhores nadadores mundiais. Consegui manter-me sempre no grupo da frente e no fim aguentei o ritmo.”

O olímpico português vai participar no Mundial de Xangai, a primeira das duas oportunidades de qualificação para Londres’12. “Vai ser muito difícil para mim, porque a água vai estar muito quente. Mas para o ano estou em casa.

Daniela Pinto: “Desapontada pelo resultado”
A campeã nacional admitiu que “o meu objectivo inicial era o 7.º ou 8.º lugar. Esta é a minha melhor classificação de sempre, mas fiquei um bocado desapontada. Desapontada pelo resultado e pela forma como nadei.
Daniela Pinto afirmou que “a prova foi muito difícil, éramos muitas nadadoras no pelotão e havia muita pancada. Era difícil contornarmos as bóias.

 Zouheir Moufti: “Felicito a Federação pela qualidade da organização”
 
 
Zouheir Moufti, delegado da Federação Internacional FINA) à prova afirmou que “felicito a Federação Portuguesa de Natação pela qualidade da organização e também agradecemos à presidente da Câmara como anfitriã desta prova.
O responsável declarou que “tinha muito boas recordações do ano passado, dado que a prova tinha decorrido em boas condições. Pela primeira vez a FINA enviou um delegado de segurança. Nós encaramos com muita seriedade a segurança dos nadadores e posso dizer que pela primeira vez desde que temos um delegado de segurança constatámos que com o máximo de esforço podemos controlar os nadadores e acompanhá-los de perto. Ao longo da competição tivemos muitos barcos, muitos kayaks e quero agradecer ao conjunto de entidades que apoiaram esta prova, nomeadamente os bombeiros, os voluntários dos barcos e dos kayaks.
 Zouheir Moufti acrescentou que “a escolha de Setúbal como prova de Qualificação Olímpica não foi por acaso. A FINA escolheu Setúbal devido à organização perfeita e à seriedade do Comité Organizador desta etapa da Taça do Mundo.

Paulo Frischknecht: “Marco assinalável no contexto das águas abertas”
 
 
O presidente da Federação Portuguesa de Natação referiu que “é um orgulho para a cidade, para o país e para a Federação perceber que o reconhecimento internacional é cada vez maior em relação a esta prova, que começa a constituir um marco assinalável no contexto das águas abertas. Dai a atribuição da Prova de Qualificação Olímpica a Portugal, daí também a aposta da Federação para que os atletas nacionais possam reunir um conjunto favorável de condições para tentarem a qualificação para Londres e daí a confiança que cada vez mais respiramos e que cada vez mais nos transmitem para que Setúbal insista nesta realidade crescente de afirmação.
Paulo Frischknecht acrescentou que “é evidente que em todas as organizações há falhas, nós detectamo-las, discutimos e tentamos melhorá-las. De ano para ano temos conseguido isso e muito do progresso que esta prova tem registado, muito do aumento de nível que nós temos conseguido, resulta exactamente dessa preocupação.
O responsável federativo terminou referindo que “quero apenas incentivar os atletas, os treinadores e os clubes para que mantenham o entusiasmo e a aposta porque a Federação estará cá na retaguarda, para os apoiar como tem feito, principalmente quando consideramos a capitação que cabe às águas abertas relativamente aos orçamentos que estão em discussão.

Colin Hill: “Prova foi magnífica”
 
Colin Hill será o responsável pela organização da prova de Águas Abertas nos Jogos Olímpicos de Londres e esteve em Setúbal como observador. O britânico começou por dizer que “foi a minha primeira vez em Portugal, a prova este ano foi magnífica e tenho a certeza que para o ano será fantástica. A multidão era muito grande e isso é muito importante para as pessoas se interessarem pelo desporto. Além da prova havia o espectáculo de aviões e isso tornou um dia muito divertido.
Colin Hill contou que tirei muitas notas, muitas fotografias, e estive a observar o que vocês fazem e que pode ser aplicado na prova de Londres.

Rosa Mota: “De ano para ano tem melhorado”
 
Rosa Mota é uma presença habitual em Setúbal e considera que “de ano para ano tem melhorado e este ano temos mais público, o que quer dizer que as pessoas se identificam com esta prova e as que têm vindo passam a palavra de que isto é um espectáculo. Parabéns à Federação, à Câmara Municipal e a todos os patrocinadores.

 Nuno Delgado: “Mais-valia para os atletas”
 
Nuno Delgado é o adjunto da Missão Olímpica de Londres’12 e encara a Qualificação Olímpica do próximo ano como “uma mais-valia para os atletas e mais uma oportunidade de apuramento. A organização e a festa desportiva que se cria aqui neste local são muitos dignas e abrem perspectivas para o apuramento olímpico do próximo ano, que penso que vai ser extraordinário.



  

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