Liga Mundial: Portugal empata com Áustria, equipa que se encontra 21 lugares acima no ranking

Portugal iniciou a participação na Liga Mundial contra a Áustria, e fê-lo como lhe convinha: pausadamente, porque, em termos de ranking, os austríacos são de nível superior, como se viu desde o início: mais fortes e com uma invejável estrutura física, e muito pressionantes, obrigaram os Linces a aguentar-se com muita concentração, até que um alívio pela linha de fundo, considerado intencional pelo árbitro, ofereceu o primeiro canto curto à equipa da Europa central. Roberto opôs-se bem, como haveria de repetir, por volta do minuto 18 e ao minuto 22, desta feita no segundo canto curto a favor da Áustria.



Portugal, com muitas adaptações por força da indisponibilidade de alguns atletas fundamentais, em termos de posições em défice, pelo menos não tremeu. Mas, os 25 minutos, os austríacos colocaram-se na frente do marcador, por intermédio de Alexander Bele. Aos 30 minutos, Portugal não aproveitou um canto curto e, na resposta, Roberto opôs-se bem a um remate perigoso.



O árbitro ia castigando a equipa portuguesa com cartões, mas, mesmo assim, o marcador não sofreu mais alterações até ao intervalo, muito por obra e graça de Roberto, com um punhado de boas defesas ao longo dos primeiros 35 minutos.



Aos 40 minutos, Portugal poderia ter empatado, mas a jogada perdeu-se ingloriamente depois de ter falhado a recarga à defesa de Michael Mäntler.
Se não empatou aos 40, empatou aos 43. Rapidamente, David Franco apareceu na cara do guarda-redes e picou-lhe a bola. Porque a rapidez não abundava nos corpulentos defensores vindos da Áustria.


Leandro Morais bem conquistou um canto curto, aos 46 minutos, mas o árbitro sonegou-lho. Já não chegavam os cartões!



Aos 47 minutos, canto curto contra Portugal, aí o árbitro viu, mas o adversário não aproveitou.



Na mesma toada, o jogo lá ia decorrendo. Mas, quando, brevemente é certo, a intensidade aumentava, o perigo associava-se a esse incremento. Como nos livros.



Ingénuos nos cantos curtos, os portugueses falharam, aos 53 minutos, a hipótese de virar o resultado.



Aos 60 minutos, duas perdidas flagrantes, uma para cada lado, mantinham o empate.



Mário Almeida, no banco, lá ia consertando os pontos mais débeis com as adaptações possíveis.



Aos 63 minutos, Portugal falhou mais um canto curto. Mas, desta vez, com mérito para o guarda-redes austríaco. David Franco merecia mais de Leandro Morais, mas este não conseguiu converter uma esplêndida jogada do número 7 português pela esquerda.



Neste segundo tempo Portugal parecia transfigurado, exemplarmente nos últimos 10 minutos.



Mais uma vez Portugal esteve perto de fazer história. Com uma equipa remendada quase até ao tutano, Portugal teve que suportar o peso da nova regra para esta competição. Os jogos empatados conferem, desde logo, 1 ponto a cada um dos contendores. Mas tinha que se fazer um desempate por shot-out, quem ganhasse somaria mais um, entrando na classificação com dois pontos. A Áustria converteu três, Portugal falhou as três oportunidades.



Os Linces partem assim com 1 ponto, e a Áustria com 2.


Texto: Armindo Vasconcelos

Atenção! Este portal usa cookies. Ao continuar a utilizar o portal concorda com o uso de cookies. Saber mais...