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Trail Linhas de Torres 22 Março - Samuel Guedes - GNR de Bronze

 
Atletas de Marrocos Ouro e Prata - vencedores dos 50kms
Samuel Guedes – GNR - Medalha de Bronze – 3h59”13”
Os 644 atletas que marcaram presença este sábado, dia 22 de março, no Trail Linhas de Torres 2025 cumpriram os vários percursos sob forte temporal - muita chuva e vento.
Do Torreão Sul do Palácio Nacional de Mafra, pelas 8h30, partiram em simultâneo os atletas da Corrida Trail – 50kms e da Estafeta mista de 4 elementos.
 
O tiro de partida foi dado pelo Comandante da Escola de Armas – Brigadeiro General Octávio Avelar. A Caminhada - 6kms, teve lugar também na Tapada Militar de Mafra pelas 9h00, dando o tiro de partida o Coronel José Contramestre.
 
A Corrida Trail - 10km teve início pelas 9h30 em Torres Vedras.  Esta competição contou também com a presença de 250 jovens atletas enquadrados pelo Desporto Escolar, em representação de várias escolas, sendo que os alunos cumpriram um percurso próprio de acordo com o escalão a que pertenciam – Benjamins, Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores.
 
Na Expo Torres, zona de chegada, estiveram várias entidades civis e militares. Ana Isabel Xavier, Secretária de Estado da Defesa, cumprimentou os vencedores das várias competições e inteirou-se das dificuldades que os corredores enfrentaram, uma vez que a chuva e o vento foram sem dúvida os grandes adversários.
 
Destaque para os 2 atletas marroquinos que conseguiram cortar a meta nas duas primeiras posições seguidos de Samuel Guedes – GNR - que completou os 50kms em 3h59’. 15”
 
Nota – Todos os resultados e fotos no site oficial da prova www.traillinhasdetorres.pt
 
O crescimento do Trail a nível nacional é sem dúvida uma boa forma de ter uma forte aprendizagem da História de Portugal. Também neste dia foram feitas várias ações com os mais jovens no âmbito do Dia Defesa Nacional.
 
O evento “Trail Linhas de Torres - 2025” é um conjunto de provas de corrida, essencialmente de “Trail” e com alguns percursos em estrada. Na zona da chegada houve algumas atividades, abertas á população, desenvolvidas pelas Federação de Tiro.
 
A primeira edição realizou-se em 2013, tendo como grande objetivo homenagear não só aqueles que construíram este sistema defensivo no século XIX, mas também os que aqui defenderam e garantiram a independência do Reino, sendo hoje um importante património turístico-militar de Portugal, conhecido como Linhas de Torres, inserido nos concelhos de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
 
O Ministério da Defesa Nacional liderou novamente a edição deste ano, que se realizou no sábado, dia 22 de março durante a manhã, em parceria com o Estado-Maior General das Forças Armadas, a Rota Histórica das Linhas de Torres, a empresa Xistarca e a Associação de Deficientes das Forças Armadas – entidade beneficiária da totalidade dos proveitos, para, em conjunto, se concretizar uma atividade do foro desportivo, do turismo e do lazer.
 
As competições, em sede do Desporto Militar, integraram equipas da Marinha, do Exército, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública, concorrendo para o desenvolvimento e promoção de um quadro competitivo desportivo militar. Houve por um lado, uma competição nacional de trail e por outro, no seu expoente maior, uma competição da seleção nacional militar com seleções de Marrocos e Reino Unido, dando continuidade à internacionalização do evento, pelo quarto ano consecutivo, no
âmbito do CISM – Conseil International du Sport Militaire, do qual Portugal é membro desde 1956:
- Campeonato Nacional Militar de Trail;
- CISM Military Challenge Trail Marathon Championship.
 
A diversidade organizativa e de participantes levou ao desenvolvimento de sinergias assaz pertinentes no sentido de relevar, junto dos jovens, o desporto e as Forças Armadas.
 
Ao nível da Defesa Nacional intervêm a Comissão de Educação Física e Desporto Militar, o Dia da Defesa Nacional e o Turismo Militar, através da Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, e o Estado-Maior General das Forças Armadas no apoio técnico e logístico. A Direção Geral da Educação, no âmbito do Desporto Escolar, dá a sua prestimosa colaboração, incentivando os jovens das escolas dos concelhos da “rota histórica” a participarem no percurso a eles destinado. Também colaboram, para o sucesso deste evento, a Federação Portuguesa de Tiro, a Federação Portuguesa de Esgrima, a Federação Portuguesa de Equitação e da Tapada Nacional de Mafra .
 
UM DESAFIO HISTÓRICO
 
Há duzentos anos, este importante sistema defensivo, constituído por três linhas defensivas, estendia-se entre o Tejo e o Atlântico por dezenas de quilómetros traçados pelo Marechal Wellesley (mais tarde Duque de Wellington).
 
Atualmente, fomentando o carácter cultural e, também, desportivo, promove-se a sua visita daquele que foi o maior e mais eficaz sistema defensivo construído na sua totalidade com a participação da população, gente anónima, na defesa do seu País dando a conhecer os diferentes espaços museológicos e interpretativos desenvolvidos pela Rota Histórica da Associação das Linhas de Torres.
As Linhas de Torres Vedras foram um sistema militar defensivo, erguido a norte de Lisboa, entre 1809 e 1810. No mais profundo secretismo, o futuro duque de Wellington, traçou uma estratégia de defesa que consistiu em fortificar pontos colocados no topo de colinas, para controlar os caminhos de  acesso à capital de Portugal, reforçando os obstáculos naturais do terreno. Este sistema, constituído por três linhas defensivas, estendia-se entre o oceano Atlântico e o rio Tejo, por mais de 85 km.
 
Quando concluído contava com 152 obras militares, armadas com 600 peças de artilharia e defendidas por cerca de 140 000 homens, tornando-se no sistema de defesa mais eficaz, mas também o mais barato da história militar.
 
Frente a elas decorreram, em outubro 1810, os combates de Sobral (12), Dois Portos (13) e de Seramena (14). Estes confrontos decisivos, entre as tropas francesas e o exército anglo-luso, foram também os mais curtos e menos sangrentos desde que o exército napoleónico invadiu Portugal.
 
Depois deles, as tropas de Napoleão perderam o ímpeto atacante, reconhecendo a intransponibilidade das Linhas de Torres Vedras enquanto aguardavam reabastecimentos e reforços que não apareceram, graças à ação de “guerrilha” portuguesa.
 
A 15 de novembro de 1810, o marechal Massena ordena a retirada das tropas francesas, tendo início a derrota de Napoleão Bonaparte, concretizada a 18 de junho de 1815 na batalha de Waterloo. 
 
Napoleão passou os últimos seis anos de sua vida confinado à ilha de Santa Helena e a Europa encetou um novo ciclo na História.
 

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terça-feira, 22 de abril de 2025 – 16:43:54

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