>
O mais recente navio de cruzeiros da MSC foi apresentado em Portugal através dos meios digitais pelo CEO da MSC Portugal, Eduardo Cabrita, a 4 de Fevereiro.
A cerimónia oficial de entrega do MSC Virtuosa à companhia, decorreu nos estaleiros de Saint Nazaire em França a 1 de Fevereiro de forma solene mas mais simples e reservada pelo facto da pandemia que estamos a atravessar.
Este novo navio é o segundo da classe Meraviglia Plus, tem a mais recente tecnologia para o conforto e experiência do cliente, e também aposta na inovação e na sustentabilidade.
Está preparado para receber 6300 passageiros nos seus 2420 camarotes, dos quais 60 foram pensados para hóspedes de mobilidade reduzida. A sua tripulação é composta por cerca de 1700 elementos.
O Yacht Club, o conceito do cruzeiro dentro do cruzeiro, conta com 103 camarotes em 4 categorias, Royal Suite, Duplex Suite, Deluxe Site e Interiores.
O MSC Virtuosa tem 331,43m de comprimento, 19 decks, 4 piscinas sendo uma de tecto retrátil, e uma 5ª reservada ao Yacht Club. Estas 5 piscinas têm a capacidade para mais de 1000 hóspedes e estão distribuídas por três decks.
No deck 19, uma das inovações é o parque aquático Savannah com três escorregas entrelaçados numa ‘Ponte dos Himalaias’ proporcionando entretenimento para todas as idades.
Na inovação temos mais espaços de lazer, um novo destinado a adolescentes dos 12-18 (Teens Lab, Young Lab e o Web-creator room), para além dos já existentes nos navios mais recentes para os bebés e crianças em parceria com a Chicco e a Lego (espaços divididos por faixas etárias e dinamizados por monitores especializados), tem simuladores de Fórmula 1, Bowling, Sala de Hologramas, cinema interactivo XD, TV Estúdio-Bar, exposições de arte. A MSC continua também a apostar na qualidade do seu do Casino. A área da gastronomia é também um foco de grande dedicação e trabalho contínuo tendo 10 restaurantes sendo 5 deles temáticos com iguarias de vários pontos do globo passando pelo Japão, EUA entre outros…
tem também um vasto leque de 21 bares ao longo do navio.
A sua galeria central com uma promenade de 91,8m em tecnologia led que abrange dois decks com cerca de 1200m2 de área comercial distribuída por 11 lojas.
O entretenimento é 24h/dia para todos nos mais variados espaços do navio, não se ficando somente pelo teatro, passa pelo Carroucel Lounge, e também pela galeria principal que sendo construída com a tecnologia Led pode proporcionar vários espectáculos temáticos.
Um serviço que por vezes pode passar despercebido mas muito importante para os pais dos passageiros mais pequenos, é ter a bordo uma lavandaria dedicada para roupas de bebés e crianças.
Para os momentos de relaxamento mantém o serviço do Áurea Spa, com mais novidades divulgadas em breve pela companhia.
Os desportos, para além das piscinas já mencionadas, podem ser praticados no moderno ginásio e no pavilhão desportivo com 390m2 durante o dia, pois à noite o pavilhão transforma-se numa discoteca para momentos de diversão.
Segundo a companhia, uma inovação que existe desde 2017, mas tem vindo sempre a obter melhorias é o MSC for Me« a experiência de cruzeiro conectada desenvolvida para simultaneamente enriquecer a experiência a bordo e ajudar os hóspedes a desfrutarem ao máximo das suas férias. Esta oferta digital multicanal oferece aos hóspedes todas as informações que necessitam onde e quando a desejam, ajuda-os a organizar e a reservar os serviços que pretendem e coloca o hóspede na gestão da sua experiência pessoal de cruzeiro. Esta experiência multicanal está disponível através da aplicação MSC for Me, na TV no camarote e nos ecrãs interactivos por todo o navio. A pulseiraMSC for Mesignifica que os hóspedes podem desfrutar do navio sem a necessidade do seu cartão de cruzeiro, proporcionando uma experiência livre de contacto e simplificada, seja no pagamento de compras, reserva de serviços, abertura da porta do camarote, assim como, permite o rastreio de contacto como parte das medidas de saúde e segurança em vigor.»
A MSC Foundation tem também um espaço no navio, é uma fundação recentemente criada, com informação sobre as suas actividades ligadas à sustentabilidade. Estes valores que a MSC tem e que quer passá-los.
O MSC Virtuosa vai iniciar as suas actividades em Abril, em que um dos pontos interessantes para o mercado português são as viagens ao Mediterrâneo Ocidental com saída e chegada em Lisboa entre Setembro e Outubro. Contudo tem também outras rotas, que passam pelos Fiordes da Noruega e pelas Capitais do Báltico.
Perguntou-se a Eduardo Cabrita se foi estratégico da parte da MSC colocar este novo navio, sendo o maior, na rota Lisboa-Lisboa derivado à sua procura? O CEO responde que«tem a ver com dois pormenores essenciais. O primeiro é a MSC é uma companhia que nasce na Europa e tem a bandeira cá colocada, naturalmente que as duas regiões da Europa onde realmente queremos colocar a nossa capacidade de navios novos é no Mediterrâneo Oriental e Mediterrâneo Ocidental. Obviamente que sabemos o grande desenvolvimento sobre a venda dos próprios cruzeiros é maior no Verão, o Grande Verão que vai praticamente desde o início de Abril até Novembro, estes navios são colocados nestas duas latitudes. Obviamente também no Norte da Europa cada vez mais. As franjas neste momento são tudo o que podemos chamar fora destes três locais relativamente à Europa, em que Lisboa faz parte infelizmente, porque se Lisboa fizesse parte do Mediterrâneo Ocidental perto de Barcelona com certeza que seria muito mais fácil em termos geográficos de por um navio numa rota que fosse comercialmente viável, mas desta forma e após o Verão conseguirmos colocar Lisboa no mapa, praticamente é isto que conseguimos fazer, com um cruzeiro que seja de 10 dias ou 11 dias que faça um itinerário que seja comercialmente viável e operacionalmente viável. Nós temos de alguma forma também a sorte como portugueses de estar nesta posição, porque se estivéssemos relativamente um pouco mais a Norte basta ver por exemplo Leixões ou mesmo Vigo, isto já não seria possível porque os itinerários teriam que ser bastante maiores e provavelmente seria bastante mais difícil conseguirmos ter estes itinerários. É um conjunto de várias situações vai continuar a existir e partimos do princípio que todos os novos navios vão continuar a efectuar rotas que estejam incluídas Lisboa por causa desta parte mais comercial e mais operacional.»
Em termos de prémios «O navio foi também condecorado com as 11 Golden Pearls da Bureau Veritas pela sua variedade de aspectos inovadores, incluindo a protecção ambiental, e a saúde e segurança. O MSC Virtuosa é efectivamente o primeiro navio de cruzeiro do mundo a receber uma notação BIORISK da Bureau Veritas em reconhecimento pela sua capacidade de amenizar e gerir o risco de doenças infeciosas para os passageiros.»
Quanto à sustentabilidade, o MSC Virtuosa é um dos navios mais avançados ecologicamente no mar, com sistemas de iluminação LED por todo o navio, o Shore-to-ship que é um sistema de carregamento eléctrico directamente ao cais enquanto está num porto evitando a utilização dos motores para a produção de energia eléctrica. Quase toda a frota de navios de cruzeiro da MSC dispõem desta tecnologia.
Sistemas híbridos de depuração de gases de exaustão(EGCS), Redução catalítica selectiva de última geração(SCR), Sistema de ruído irradiado subaquático, reduzindo o impacto em mamíferos marinhos de grande porte, o Sistema de purificação de última geração para obtenção de águas residuais mais limpas, Redução das Emissões de CO2 graças às tecnologias mais recentes. Até a própria tinta utilizada é amiga do ambiente.
Todos os navios que são lançados têm sempre algo de inovador em relação à protecção do ambiente.
Questionando Eduardo Cabrita sobre a estratégia da MSC relativamente à replicação destes sistemas nos restantes navios da frota, principalmente os mais antigos, a resposta foi que «há várias normas relativamente à IMO (International Maritime Organization) em que todos os navios de Cruzeiro e todos os navios do mundo terão que sair. Nós como MSC Cruzeiros já estamos a tratar disso há muito mais tempo do que as próprias resoluções da IMO diz que são necessárias e obrigatórias em relação ao tempo necessário. Não só em relação aos navios de cruzeiro, temos 18 com este lançamento, mas também a todos os nossos navios da MSC Carga, são cerca de 500 navios de carga, a MSC nesse sentido é a segunda maior empresa do mundo no transporte marítimo de contentores. Portanto a resposta é sim, estamos a tratar deles antecipadamente sobre as resoluções da International Maritime Organization desde a colocação de scrubbers nos próprios navios, desde outros sistemas que são necessários para que possamos um dia, e este é o objectivo da MSC, chegar à emissão 0 relativamente à poluição. A nossa missão é essa mesmo e esse é o nosso objectivo».
Texto: Pedro MF Mestre
Fotos: MSC Cruzeiros