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1ª Meia Maratona de Guimarães

"...a Meia de todos..."

 

No dia 22 de Setembro de 2013, ano em que Guimarães é distinguida como Cidade Europeia do Desporto, Guimarães dá à luz a sua 1ª Meia Maratona.

 

Com uma organização da Global Sport e da Tempo Livre, com apoio da Camara Municipal e da Associação de Paralisia Cerebral de Guimarães, a prova de Meia Maratona, incluída no Circuito Mundial de Meias Maratonas em Patrimónios Mundiais teve uma adesão impressionante, principalmente se considerarmos ser esta uma 1ª edição, com 1174 atletas chegados à meta e mais de 6000 participantes na Caminhada Solidária, com cerca de 6 km apenas.

 

A prova tem um percurso absolutamente histórico, com partida no espaço comercial "Espaço Guimarães" e desliza pela cidade, primando pela passagem em pontos de interesse histórico-cultural, como o Largo da Oliveira, o Largo do Toural e o próprio Castelo de Guimarães, simulando uma verdadeira conquista e transformando a Meia numa corrida turística, não deixando por isso (ou precisamente por isso) de ser uma prova com alguma dureza. Uma incursão na pista de Atletismo Irmãos Castro dá também à prova uma interessante variação ao percurso. Percurso esse devidamente assinalado, com quilómetros marcados e servido de suficientes abastecimentos de água, assim como chuveiros, o que se revelou de especial importância face ao calor que se fez sentir. 

 

A prova teve como vencedores Ricardo Ribas com 1h11m00s e Dulce Félix com 1h18m9s, esta última também madrinha da prova.

 

Prémios monetários para os primeiros classificados da geral de ambos os sexos e também para os escalões no sector masculino.

 

Prémios de participação para todos: no levantamento de dorsal, saco com t-shirt técnica e t-shirt de algodão com possibilidade de impressão personalizada, escolhendo-se o motivo entre vários alusivos à prova e à cidade. 

 

No final, medalha, água e fruta. 

 

Possibilidade de usufruir de massagens (que os músculos destes conquistadores bem mereciam) e transporte em autocarro para o local de Partida, visto esta distar cerca de 4,5 Km da Meta. Houve ainda sorteio entre todos, de um automóvel, uma viagem à Madeira e outros prémios.

 

Destaco o prémio de extremo bom gosto pelo seu simbolismo, para os primeiros classificados (1ª mulher e 1º homem): uma magnífica réplica da espada de D.Afonso Henriques.

 

Esta prova teve a Partida dada a horas, em ambiente muito animado e festivo. Havia um bom espaço para aquecimento, para exercícios físicos orientados por técnico e ao som da música sempre presente. A Meia e a Caminhada tiveram a partida em simultaneo, lado a lado, mas em vias diferentes, não tendo havido qualquer atropelo ou estorvo.

 

O levantamento dos dorsais foi possível na feira da prova, dias antes e também no próprio dia da prova, o que se reveste de especial importância para algumas situações de atletas que não podendo pernoitar na cidade, vão só no próprio dia e que moram suficientemente longe para se tornar incomportável duas viagens. Nessa feira houve demonstrações de vários produtos e serviços de vários patrocinadores e parceiros e houve também uma Conferência bastante interessante, com vários oradores, subordinada ao tema: "Correr: Riscos e Benefícios".

 

De negativo teve esta prova o deficiente e desastroso controlo do trânsito nos últimos quilómetros e para o último terço do pelotão, tornando-se a situação mesmo caótica e extremamente perigosa, comprometendo-se a segurança e a integridade física dos atletas, o que compromete igualmente a qualidade que esta prova mostra poder vir a ter, não fosse este cenário.

 

Da mesma forma, a atribuição de prémios por classificação e por escalões é escandalosamente descriminatória para o sexo feminino, para além do regulamento induzir em erro quando refere existirem 3 escalões para o sexo feminino: Seniores, F40 (dos 40 aos 49) e F50 (+ de 50), para depois atribuir prémios para as mulheres apenas na geral (num único escalão) enquanto para os homens existiam 7 (sete!) escalões, tendo todos eles direito a prémio (dinheiro e troféu) e a devida e merecida cerimónia de subida ao pódio para entrega de prémio. Das mulheres, apenas foram ao pódio as 3 primeiras classificadas. Esta é uma prática claramente discriminatória, injusta e machista e que se ainda muito se pratica por este país fora, em nada abona a favor da Corrida e muito menos incentiva ou motiva para a prática da Corrida, pelo contrário fomenta a diferença, a injustiça e a discriminação. E se não serão os prémios por classificação que motivam a prática da corrida, não se entende então porque eles existem para os Veteranos masculinos, que de idade avançada (alguns) se esforçam desmesuradamente, indo além do que o seu corpo suportaria sem riscos para a sua saúde/vida,  e vêmo-los nas provas numa competição em nada saudável, principalmente quando os prémios são dinheiro como era o caso. Isto levar-nos-ia a uma outra discussão que é a questão dos prémios monetários para os Veteranos/as.

 

Voltando à Meia Maratona de Guimarẽs, não fossem estes dois pontos negativos, que acreditamos a Organização, assim os considere e queira corrigir e melhorar, e estaria esta Meia Maratona a roçar a excelência, pois tem todas as condições para isso. 

 

Ainda assim, por tudo o que Guimarães viveu e proporcionou a milhares de pessoas nesta manhã de domingo, está a Organização de parabéns e merece toda a minha admiração com o desejo e os votos que para o ano eu possa lá voltar e correr a 2ª edição!

 

Ana Pereira

http://mariasemfrionemcasa.blogspot.pt/

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