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17 de Maio de 2015
Decorreu hoje a 4ª Corrida Bucelas Capital do Arinto, prova inserida no 31º Troféu Corrida das Colectividades Concelho de Loures
Estive lá pela primeira vez. Gostei da inscrição (gratuita - como todas as provas do Troféu de Loures), e da facilidade de participação (o atleta uma vez inscrito, o dorsal dá-lhe acesso a todas as provas do dito troféu). Gostei das provas dos escalões jovens: a motivar o desporto, a ensinar o desporto, a dar uma visão/forma de vida diferente a muitos daqueles jovens.
Não gostei da hora tardia da prova principal: 10:45 hrs, quando as provas dos miúdos são bem mais curtas e poderiam em minha opinião decorrer mais tarde ou até enquanto decorria a principal, mas posso compreender que isso implicaria outra gestão nomeadamente ao que a percursos diz respeito.
Gostei ainda assim, da pontualidade e do percurso no geral, bem assinalado e minimamente acompanhado pela organização e polícia. Gostei do abastecimento a meio da prova: água, que foi o mesmo que recebemos no fim.
Gostei da rapidez nas classificações e nas entregas de prémios.
Não gostei que apenas os primeiros de cada escalão recebessem uma garrafa de vinho numa Corrida que se intitula Bucelas capital do Arinto. Não gostei que os 3 primeiros da geral, masculino e feminino tivessem prémios monetários quando o prémio de presença (uma t-shirt de algodão) fosse apenas para os primeiros 100 atletas. Se uma organização tem dinheiro para dar prémios monetários, não deveria limitar o prémio de presença (um trapo de algodão, bonito este por sinal) apenas aos primeiros 100 chegados. Na minha opinião, não faz sentido.
A não ser que o objectivo da prova seja ter preferencialmente atletas de elevado/algum nível atlético descurando ou mesmo dispensando(desprezando) o grosso do pelotão, não me parece que estes critérios sejam minimamente justos ou sequer ajustados ao espírito do Troféu: o Desporto para todos. Ou talvez eu esteja enganada e o que interessa a esta organização seja mesmo...os melhores. Eu estou longe de pertencer a esse grupo e saí de lá com uma garrafa de água e um sorriso de orelha a orelha.
São-me indiferentes os troféus atribuídos aos 3 primeiros de cada escalão, mas admito que terão importância para muitas atletas e vejo nisso uma nota positiva. A entrega de prémios no pódio foi uma cerimónia rápida e bonita. A fazer sentir bem todos os que lá subiram.
Não gostei nada do trânsito pouco condicionado a comprometer a segurança dos atletas. Ponto negro numa prova que podia ter-me deixado com vontade de voltar, mas nem por isso...
De qualquer forma, parabéns pela iniciativa, uma nota positiva pelo evento em si, uma nota mediana pela atribuição e distribuição de prémios e uma grande e clara nota negativa pelo péssimo serviço prestado pelas autoridades que permitiu que o trânsito circulasse em simultâneo com os atletas principalmente na parte final da prova.
Ana Pereira
http://mariasemfrionemcasa.
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A minha Corrida em Bucelas, capital do Arinto
A minha Corrida: marcou o meu Garmin 9.970 metros que demorei a fazer em 55m50s
Em cada Corrida uma festa! O meu pai presente e bem, pouco mais preciso. Estava muito calor e andei toda a semana cansada. Na véspera tinha enveredado por uns trilhos e não estava propriamente fresca.
O aquecimento foi ligeiro mas deu para perceber rapidamente que a prova ia ser dura. O asfalto e o Sol abrasador não nos iam ajudar.
Partida dada e lá vamos nós. Duas voltas a Bucelas, que fiz "demasiado" rápidas e depois seguimos em direcção a Vila de Rei. Na recta de alcatrão, só olhava a serra à minha direita, a minha serra com o moinho e as eólicas lá no alto e só pensava como estaria fresquinho lá em cima em comparação com aqui em baixo. Lá corri até ao retorno e parece que corre uma ligeira brisa ou talvez seja um efeito psicológico qualquer a fazer-nos optimistas, efeito que logo após o abastecimento (água) desapareceu por completo com a subida para Vila de Rei onde me fiz forçada a caminhar. Retomo a Corrida ainda antes de terminar a subida e tudo o que sobe, desce por isso foi embalar por ali abaixo. Nova recta até nova subida: para a Bemposta, onde sou de novo forçada a caminhar. É o calor, é o asfalto...não, nada disso! Sou eu! Podia estar melhor, podia ter gerido melhor o esforço, podia...muita coisa. Mas estava ali e fazia o que conseguia. Mais uma vez retomo a Corrida antes do fim da subida e depois há nova descida onde embalo. Chega-se de novo à estrada de Bucelas e por aí é uma desgraça em termos de trânsito. Penso mesmo que nos deveriam ter aconselhado a levar colete reflector, que é o que eu levo quando vou treinar para a estrada, mas ali estava em prova, nunca pensei que precisasse mas dadas as condições teria dado muito jeito. Prova que nos nos obriga a lidar com o carros (ver se podemos atravessar, ir pela berma porque o trânsito está a circular, etc, etc.) não devia de ter nome de prova mas sim de treino. Não gostei! E não é uma questão de gosto, é claramente uma nota negativa quando uma organização põe desta forma a segurança dos atletas em risco. E aconteceu.
Por fim lá me aproximo de Bucelas e confesso que vou muito pouco fresca. Avisto o meu pai, sorrio e...corto a meta. Já não tenho t-shirt, mas tenho água que é o que mais preciso.
Do meu escalão eram apenas 6 atletas, o que me permitiu um 3º lugar no escalão e uma ida ao pódio.
A 4ª Corrida Bucelas Capital do Arinto está feita. Venha a próxima.