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Henrique Rocha estreia-se nos quartos de final do Maia Open

 
- Pedro Araújo cai perante ex-top 100 e conclui melhor época da carreira
- Francisco Cabral novamente apurado para as meias-finais de pares
Henrique Rocha voltou a celebrar e apurou-se pela primeira vez para os quartos de final do Maia Open, trajeto que Pedro Araújo também esteve perto de atravessar para se juntar ao compatriota e garantir um português no fim de semana. Em pares, Francisco Cabral voltou a vencer neste ATP Challenger 100 que a Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia organizam até 1 de dezembro e mantém-se na luta por mais uma final.
 
Dois dias depois de uma primeira ronda na qual precisou de anular um match point, Henrique Rocha (173.º ATP) levantou voo e elevou a qualidade de jogo para superar o espanhol Nicolas Alvarez Varona (382.º) por 6-4 e 6-2.
 
O número três nacional triunfou em 77 minutos frente a um adversário três anos mais novo contra o qual impôs a lei da sua direita, em especial cruzada. Sempre no comando dos acontecimentos, Rocha nunca pareceu em apuros e no segundo set disparou mesmo para uma liderança por 5-0, mas levantou o pé do acelerador e precisou de servir pela segunda vez para a vitória até celebrar perante amigos e família.
 
“Entrei bem, fiz um break, mas depois ele jogou bem e é um bom jogador, tem um bom nível. Tem tido um bocadinho de azar com as lesões ultimamente, mas tem sempre um bom nível, é um jogador chato e perigoso, ou pelo menos eu tenho-o nessa consideração. Apesar disso, consegui focar-me em mim e fazer o meu jogo como tinha planeado e correu bem, sem dúvida. Entrei melhor do que no outro encontro e estava mais rodado”, considerou o portuense na sequência da segunda vitória da semana.
 
Esta é a quarta participação de Henrique Rocha no Maia Open e a segunda consecutiva no quadro principal, mas primeira em que alcança os quartos de final — ronda a que chega pela 10.ª vez no ATP Challenger Tour, sempre esta época.
 
Já entre os oito melhores no torneio jogado no palco que o viu nascer para a modalidade, o jovem luso sabe que precisa de chegar à final para ganhar a condição de alternate no Next Gen ATP Finals de Jidá, em dezembro, e de ser campeão para conquistar a oitava e última vaga de apuramento para a prova que reúne os melhores sub 20 do ano na Arábia Saudita.
 
O próximo adversário a separá-lo desse objetivo dá pelo nome de Andrej Martin e já eliminou dois portugueses no quadro principal: primeiro o irmão mais velho, Francisco Rocha, e já esta quinta-feira Pedro Araújo, ao recuperar da desvantagem de um set e um break para acabar com a época de afirmação do lisboeta.
 
O ex-top 100 (atual 509.º) recuperou de uma desvantagem de 6-7(4) e 0-2 para derrotar o pupilo de Frederico Marques por 6-7(4), 6-4 e 6-3 em 2h42 no encontro mais longo e mais equilibrado da jornada.
 
Um dia após consumar o regresso às vitórias em quadros principais de torneios Challenger pela primeira vez em mais de dois anos, Araújo esteve perto de adicionar contornos ainda mais especiais a esta campanha na Maia, onde chegou com pouco tempo de adaptação após uma quinzena feliz em Vale do Lobo (uma final de singulares, umas meias-finais e ainda um título de pares em duas decisões).
 
Muito por conta do serviço, o número seis nacional acabou por deixar fugir o inédito apuramento para uns quartos de final a este nível e não escondeu a desilusão na hora de abordar a performance e fechar o ano: “No segundo set estive a ganhar por 2-0, mas perdi cinco jogos consecutivos e apesar de conseguir uma boa reação acabo por fazer um jogo de serviço muito mau e entregar o set. No terceiro também tive as minhas oportunidades, mas sofri dois breaks em jogos que liderei por 40-15 e isso obviamente que a este nível acaba por pesar no resultado. Infelizmente ele jogou bem nalguns momentos decisivos e acabou por ser melhor e merecer a vitória.”
Ainda assim, Pedro Araújo fechou a página de 2024 com um olhar positivo ao ano que o viu conquistar os primeiros títulos e ganhar mais de 500 posições no ranking para ficar à porta do top 400 na chegada a 2025.
 
O elenco dos quartos de final conta com cinco dos oito cabeças de série. Henrique Rocha é o oitavo e na mesma metade do quadro tem ainda o italiano Francesco Passaro (114.º), quarto e esta semana à procura da estreia no top 100 mundial, que vai defrontar o espanhol Daniel Merida (314.º).
 
Os quatro resistentes da metade inferior do quadro partilham o facto de já terem feito parte da elite mundial: o argentino Federico Coria (101.º) é o mais cotado e terá pela frente o belga Kimmer Coppejans (422.º e ex-97.º), enquanto o ex-top 20 Albert Ramos-Vinolas (atual 165.º e detentor de quatro títulos ATP em 12 finais) medirá forças com o ex-top 30 Damir Dzumhur (atual 106.º e campeão no circuito principal em três ocasiões).
 
Na variante de pares, Francisco Cabral e Theo Arribage colocaram uma mudança acima e selaram a passagem às meias-finais do Maia Open em menos de uma hora, resultado que prolongou a representação portuguesa.
 
O português (79.º no ranking mundial da especialidade) e o francês (66.º) defendem o estatuto de segundos cabeças de série e justificaram-no com um triunfo de sentido único (6-1 e 6-1) sobre os espanhóis Nicolas Alvarez Varona e Nikolas Sanchez Izquierdo.
 
O Maia Open é o quarto torneio que Cabral e Arribage jogam lado a lado e o quarto em que atingem pelo menos as meias-finais. Antes, os dois foram campeões em Braga, semifinalistas em Valência e finalistas em Rovereto, esta campanha na última semana.
 
Para alcançarem mais uma final, terão de vingar as derrotas de duas duplas de irmãos com ADN maiato: terceiros favoritos, o romeno Victor Cornea e o neerlandês Mick Veldheer começaram por eliminar Henrique Rocha e Francisco Rocha e já esta quinta-feira acabaram com a campanha de João Dinis Silva e Tiago Silva — vitoriosos em torneios Challenger pela primeira vez — graças aos parciais de 6-3 e 7-6(4).
 
Fotografia: Eduardo Oliveira/FPT
 
 

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terça-feira, 3 de dezembro de 2024 – 16:52:46

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