João Girão somou três títulos em dois dias
Venceu o Amarante Invitational para profissionais, rendendo Pedro Figueiredo na lista de campeões, e ganhou o Amarante Invitational Pro-Am e o Mateus Rosé Invitational Pro-Am
João Girão conquistou a segunda edição do Amarante Invitational, o torneio de 7.500 euros em prémios monetários, que a Greatgolf organizou no Golfe de Amarante, mas fez muito mais do que isso, pois carimbou três em um, ao ganhar simultaneamente, em dias consecutivos, o Mateus Rosé Pro-Am e o Amarante Invitational Pro-Am.
O profissional de 25 anos dominou por completo esta prova de 36 buracos, semelhante, nesse aspeto, a vários torneios do circuito profissional português organizadas pela Federação Portuguesa de Golfe ou pela PGA de Portugal, mas com a grande diferença de ser uma competição reservada a convites, sem inscrições abertas aos jogadores de alto rendimento.
Rumaram a Amarante, pelo segundo ano seguido, alguns dos melhores jogadores portugueses da atualidade, com destaque para 12 dos 26 que figuram no ranking mundial.
Daí a importância que João Girão atribuiu ao triunfo. Ao final de 18 buracos já liderava por duas pancadas e concluiu os 36 buracos regulamentares com uma vantagem de quatro ‘shots’ sobre Francisco Oliveira.
O jogador do Oporto Golf Club totalizou 128 pancadas, 8 abaixo do Par do campo de Amarante, após voltas de 63 e 65, enquanto o algarvio Francisco Oliveira (-4) apresentou rondas de 67 e 65.
Vítor Lopes (67+67) e Tomás Melo Gouveia (65+69), que competiram este ano no Challenge Tour (a segunda divisão europeia), partilharam o 3.º lugar (-2), enquanto Tomás Bessa (69+66), o segundo português melhor classificado no ranking mundial, fechou o lote de competidores que bateram o Par do campo, terminando na 5.ª posição (-1).
Foi o melhor ponto final possível de João Girão numa época em que, em fevereiro, ganhou pela primeira vez um torneio internacional, numa das etapas do PT Tour em Palmares (de 10 mil euros em prémios), para depois, em junho, obter na Áustria o seu primeiro top-10 no Pro Golf Tour, uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu.
«Acho que foi uma grande iniciativa e espero que isto continue durante muitos anos. Em nome de todos os profissionais, gostava de agradecer a todos os patrocinadores envolvidos neste torneio»,referiu no seu discurso João Girão, que agradeceu igualmente ao promotor.
Na lista de vencedores do Amarante Invitational, sucedeu a Pedro Figueiredo (campeão em 2021) e não se esqueceu do treinador do Oporto Golf Club, Miguel Valença, que teve um papel especial quando, há pouco mais de um ano, o jogador esteve perto de encerrar prematuramente a sua carreira, acabando depois por, pelo contrário, tornar-se profissional.
«Gostava de agradecer à minha equipa, especialmente ao meu treinador, o Miguel Valença. Não sou uma pessoa fácil de aturar quando as coisas não estão a correr-me bem e é preciso ser uma pessoa muito forte para aturar-me quando estão a correr-me mal. Muito obrigado, temos muito trabalho pela frente e espero que consigamos chegar onde queremos», acrescentou.
Paralelamente ao torneio reservado exclusivamente aos 19 profissionais e ao amador de alto rendimento convidados, disputaram-se ainda dois Pro-Am’s.
No primeiro dia, o Mateus Rosé Invitational Pro-Am colocou cada profissional a liderar uma equipa de três amadores e contaram os dois melhores resultados da equipa em cada buraco. Venceu a formação da Fianor-1, na qual João Girão jogou com Joaquim Ribeiro, Albino Afonso e Augusto Morais, somando 90 pontos. A 2.ª posição, com 87 pontos, foi para a equipa da Lusoracks do bicampeão nacional absoluto Pedro Lencart, associado a Alexandre Alves, Luís Teixeira e António Barros.
Na segunda jornada, o Amarante Invitational Pro-Am emparceirou um profissional a um amador e ambos os resultados contavam para a classificação final. O título foi para a equipa da Weasy, uma vez mais de João Girão, desta feita com o amador Rui Mendes, com 70 pontos. Houve, depois, duas equipas empatadas com 68 pontos, mas o 2.º lugar (com um melhor ‘score’ nos últimos 9 buracos) foi atribuído à Transduo de Francisco Oliveira e José Basto.