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Campeonato do Mundo de Estrada - Nelson Oliveira brilha com quinto lugar em Innsbruck

 

Nelson Oliveira conseguiu hoje o segundo melhor resultado de sempre de Portugal em contrarrelógios de elite do Campeonato do Mundo, sendo o quinto classificado na prova disputada em Innsbruck, Áustria, ganha pelo australiano Rohan Dennis. Domingos Gonçalves foi o 41.º classificado.

 

O corredor português demonstrou, mais uma vez, ser um dos maiores especialistas mundiais na luta contra o tempo, fazendo uma corrida plena de capacidade física e de inteligência. Sabendo que a fase inicial, com cerca de 30 quilómetros sempre a rolar, não o favorecia, Nelson Oliveira teve o autocontrolo necessário para dosear o esforço, sem perder muito tempo nesse troço para os primeiros. Guardou, assim, reservas para a subida longa e exigente. Na escalada, o bairradino acelerou e manteve o ritmo forte até cortar a meta com 1h05m16s, no final dos 52,5 quilómetros que ligaram Rattenberg a Innsbruck.

 

A análise aos registos intermédios de cronometragem mostra que Nelson Oliveira conseguiu cumprir à risca a estratégia delineada, fazendo uma prova em crescendo. O corredor da Equipa Portugal foi o nono mais rápido ao quilómetro 16,6, foi o sexto ao quilómetro 35,2 e acabou a corrida na quinta posição.

 

 

O resultado hoje alcançado é o segundo melhor de sempre para Portugal, apenas superado pelo quarto lugar que o mesmo Nelson Oliveira rubricou, há um ano, em Bergen. “O Nelson está, de forma consistente, entre os melhores do mundo. Hoje fez uma corrida espectacular num contrarrelógio muito exigente, não só em termos físicos como também táticos e técnicos. Doseou o esforço da melhor forma e utilizou bem os andamentos. A pedaleira de 58 dentes que utilizou revelou-se curta na descida, que fez a perto de 100 km/h, mas foi a escolha acertada, porque um andamento mais pesado iria penalizar a prestação nas outras fases da prova”, explica o selecionador nacional, José Poeira.

 

O corredor mostrou-se satisfeito com a prestação, que resultou numa classificação excelente, mas que não esgota a ambição para o futuro. “Hoje deixei tudo na estrada. Sabia que tinha de dar o máximo para representar estas cores e estou satisfeito. A condição física é boa e senti-me bem num contrarrelógio em que a primeira parte era muito complicada para mim e na qual era necessário regular bem o esforço para que o troço final me corresse melhor. Foi isso que fiz. Dei o meu máximo, mais do que isto era complicado fazer. Os adversários foram muito mais fortes do que eu, mas vou continuar a sonhar para um dia chegar às tão desejadas medalhas”, promete Nelson Oliveira.

 

 

O bicampeão nacional de contrarrelógio, Domingos Gonçalves, também representou Portugal no contrarrelógio desta quarta-feira. O barcelense deu o máximo de si próprio, completando o percurso em 1h09m31s. Domingos Gonçalves quebrou do meio para o final, no contrarrelógio mais longo da carreira. Foi o 41.º classificado.

 

Encontrei aqui outra realidade, os adversários têm um ritmo que, de momento, não está ao meu alcance. Senti falta de ritmo e acusei um pouco nunca antes ter feito um contrarrelógio tão extenso. A seguir à subida comecei a ter cãibras”, revela o minhoto.

 

Na luta pela medalha de ouro, o australiano Rohan Dennis não deu a menor hipótese à concorrência, cumprindo a prova em 1h03m02s, à espantosa média de 49,585 km/h, depois de dobrar o antigo campeão mundial Vasil Kiryienka e o já medalhado Jonathan Castroviejo. O vencedor do mundial de 2017, o holandês Tom Dumoulin, ficou com a medalha de prata, a 1’21’’09 de Dennis. O campeão europeu, o belga Victor Campenaerts, fechou o pódio, a 1’21’’62 do primeiro e apenas a 53 centésimos de segundo da medalha de prata.

 

Juniores abrem provas de fundo

 

As provas de fundo do Campeonato Mundial começam nesta quinta-feira. A Equipa Portugal estará representada na corrida masculina de juniores, através de Afonso Silva e Guilherme Mota. São dois corredores completos que se dão bem com as subidas, pelo que as expectativas são boas para a competição desta quinta-feira.

 

A corrida terá 126,8 quilómetros e um acumulado de subida de 1916 metros. Antes da entrada no duro circuito de Innsbruck, que será percorrido duas vezes, o pelotão vai enfrentar algumas dificuldades. A primeira grande triagem deverá acontecer aos 70 quilómetros de prova, quando se subir Gnadenwald, uma colina com 2,6 quilómetros e uma inclinação média de 10,5 por cento, com vários troços com pendentes superiores a 13 por cento.

 

As maiores decisões devem, contudo, guardar-se para o chamado "circuito olímpico", a percorrer duas vezes, no encerramento da corrida. Os corredores terão de ultrapassar duas vezes a subida de 7,9 quilómetros com inclinação média de 5,7 por cento, cujo topo fica a 13,9 quilómetros da meta.

 

A partida, em Kufstein, está marcada para as 13h40, prevendo-se a chegada a Innsbruck para cerca das 17h15 (horas portuguesas).

 

Fotos - Betinni Photo

 

 

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sexta-feira, 29 de março de 2024 – 05:36:28

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