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Troféu António Pratas veio para Lisboa

Benfica vence António Pratas
Final emocionante com o FC Porto em Vagos


O SL Benfica sofreu muito para vencer a final do Troféu António Pratas, pois só no último período conseguiu passar para o comando do marcador, acabando por derrotar o FC Porto, por 65-63.
 
Os portistas não foram capazes de gerir uma vantagem de 14 pontos, muito por culpa da melhoria da eficácia da linha de lance-livre por parte dos benfiquistas, do trabalho que realizaram na luta das tabelas, do aumento da intensidade defensiva e do surgimento das individualidades encarnadas, principalmente Ted Scott, que assumiram as suas responsabilidades quando foi necessário.

A vantagem inicial de 6-0 conquistada pelo FC Porto revelou-se decisiva para que os portistas dominassem os primeiros 10 minutos desta final. Os azuis e brancos tiraram partido das suas rotinas ofensivas, onde as transições rápidas, bem como ataques com muito movimento, levavam vantagem sobre a equipa encarnada. Os benfiquistas tentavam, sem grande sucesso, tirar vantagens do seu jogo interior, acabando por ser as penetrações em drible a arma ofensiva que melhores resultados deram ao ataque encarnado e lhes permitia estar na discussão do resultado no final do 1º período (16-21).

No começo do segundo quarto os comandados de Carlos Lisboa aumentaram o ritmo de jogo e, beneficiando de algumas situações de contra-ataque, conseguiram um parcial de 8-0 que lhes dava o comando do jogo (24-21). A entrada do jovem base Miguel Maria acalmou a equipa azul e branca, recolocou-a a jogar colectivamente e naturalmente os dragões responderam com um parcial de 10-0, que os colocava novamente na frente do marcador (31-24). Nos minutos finais da 1ª parte, apesar da baixa eficácia nos lançamentos do perímetro, o Benfica manteve-se dentro do jogo pelo trabalho realizado na tabela ofensiva, um aspecto menos positivo dos dragões, que mesmo assim continuou a dominar o jogo sempre sob o comando da aposta Miguel Maria (37-31).

Na segunda parte os comandados de Moncho López revelaram que vinham com a lição bem estudada, prolongando os ataques com muita paciência, onde a procura da solução interior (Greg Stempin) era uma prioridade, para depois libertar os jogadores do perímetro, quer por lançamento ou penetrações. A melhor entrada dos dragões fazia subir a diferença para a casa das dezenas (47-33), com as águias a revelarem algum individualismo, também como resultado da fraca concretização do tiro exterior. A reentrada de Sérgio Ramos, cedo afastado em virtude das três faltas averbadas, colocou um ponto final com um triplo a um período negro de mais de 5 minutos por parte dos lisboetas em que apenas conseguiram 2 pontos. Com seis pontos quase consecutivos da sua autoria, a diferença baixou para menos de dez pontos (40-49), um factor psicológico sempre impo! rtante de se atingir quando se está a tentar recuperar de uma desvantagem. Tal como tinha acontecido na 1ª parte, a entrada de Miguel Maria voltou a mexer com o jogo e foi preponderante para o melhor final do período dos azuis e brancos, que voltavam às diferenças superiores a dez pontos (54-43).

Nos primeiros minutos do decisivo quarto lutou-se mais do que se jogou, ainda assim foram os benfiquistas a começar melhor, já que nos primeiros 4 minutos os portistas não fizeram pontos. Mais do que não fazer pontos, o FC Porto deixou de defender e passou a consentir cestos fáceis, muitos deles terminavam em bandejas (54-53). Uma penetração de Stempin colocava um ponto final no mau momento do FC Porto e relançava novamente o jogo até final.

Nesta altura, e a comprovar o seu talento ofensivo, Ted Scott surgiu no jogo a somar pontos, com um triplo a empatar o jogo a 58 pontos, para depois dar a liderança ao Benfica com um lançamento de média distância. No capítulo defensivo brilhava Sérgio Ramos ao conseguir sacar duas faltas atacantes, mas acabaria por ser desqualificado por uma acção semelhante, logo seguido por Ted Sott e Heshimu Evans. Foi o melhor periodo dos lisboetas a provar que o grupo tem alma e o desejo de vitória que o seu treinador pretende para a equipa.

A linha de lance livre passou a ser decisiva, com o FC Porto a ficar em posição desfavorável depois de desperdiçar o empate a 62 pontos, a que seguiram três lançamentos falhados após a conquista de ressaltos ofensivos. Elvis Évora colocou a vantagem encarnada em dois pontos (65-63), mas ainda restavam 12 segundos para o final do jogo, o que dava tempo mais do que suficiente para o ataque portista procurar um cesto. Andrade tentou, mas sem sucesso, numa situação de 1x1 finalizar com uma penetração em drible; Elvis deixou escapar a bola das mãos pela linha final, o que proporcionaria, após reposição pela linha final, mais um lançamento ao FC Porto. Miranda, quando faltavam 2 segundos para o fim, ainda tentou vencer o jogo com um triplo, mas vitória acabaria por sorrir ao Benfica.

O FC Porto demonstrou durante grande parte do jogo que está mais entrosado do que a equipa encarnada, fruto do trabalho e da consistência exigida pelo técnico Moncho López, mas que abanou diante de um adversário com enorme potencial ofensivo. Foi notória a falta de forma desportiva de alguns jogadores benfiquistas. A equipa ainda está distante daquilo que será capaz de fazer, demonstrando alguma incapacidade em explorar os valores individuais de que dispõe, provavelmente por falta de rotinas ofensivas, o que nos leva a concluir que os duelos entre estas duas equipas ao longo desta temporada prometem, e muito!

O base internacional Miguel Minhava (11 pontos, 7 ressaltos, 6 assistências e 2 roubos de bola) acabou por ser o jogador mais valioso do Benfica, com a particularidade de não ter tremido da linha de lance-livre, um autêntico pesadelo durante o decorer do jogo, nos momentos decisivos. Deu também para perceber, e apesar da primeira parte desastrada, que o norte americano Ted Scott (17 pontos e 5 ressaltos) é um marcador de pontos, que gosta de ter a bola nas suas mãos e não se esconde nos momentos difícieis.

Na equipa do FC Porto, o norte-americano Greg Stempin (13 pontos e 6 ressaltos) foi novamente o jogador mais valioso dos azuis e brancos, bem como a sua principal referência ofensiva. O extremo Carlos Andrade (7 pontos, 10 ressaltos, 4 assistências e 1 roubo de bola), como lhe é habitual, foi sempre voluntarioso, apenas pecando na eficácia do lançamento.
  

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