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Pódio da Baja TT Rota do Douro - Autos
Animação e incerteza quase até ao final, foram as sílabas tónicas da terceira edição de Baja TT Rota do Douro, prova que abriu, em Vila Nova de Gaia, a Taça Ibérica e o Campeonato Nacional de Todo-o-terreno. O Gondomar Automóvel Sport (GAS) está de parabéns pela prova, tendo o traçado que atravessava os concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canavezes, recebido vários elogios por parte dos pilotos.
João Ramos e Victor Jesus, levaram a Toyota Hilux à vitória depois de um jejum de dez anos, quando venceram o Serras do Norte, aos comandos do Toyota RAV4. Desta vez terminaram a prova e puderam mesmo levantar o pé na fase final da prova.
Nuno Matos e Filipe Serra terminaram a primeira parte da prova na frente, mas a parte da tarde seria madrasta para a equipa do Opel Mokka Proto. Durante a tarde afundaram-se na classificação. desceram para terceiros, depois de ao quilómetro 20, terem tido sérios problemas de transmissão que cedeu e apenas a roda dianteira esquerda tinha tracção. Tiveram mesmo que ser auxiliados por Filipe Carvalho, que os rebocou numa subida.
Falando ainda de azar, pior estiveram os outros comandantes. Miguel Barbosa e Miguel Ramalho, que terminaram a oito segundos da primeira posição durante a manhã, acabaram a prova mais cedo. A transmissão (diferencial) do Mitsubishi Racing Lancer foi a causa da desistência.
Rui Sousa e Carlos Silva foram a equipa que mais lucrou com estas desistências. Escaparam pelo meio dos problemas dos outros e chegaram à segunda posição final a 26 minutos e 28 segundos dos vencedores, depois de uma prova em que apostaram na regularidade, para evitar armadilhas.
Já vimos que memso com o azar à mistura, Nuno Matos e Filipe Serra chegaram à terceira posição, à frente de João Rosa e Luís Marques. Rosa estreou-se no Todo-o-terreno, aos comandos de uma Nissan Navara, depois de vários anos de enduro, que pelos vistos foram uma boa escola.
Filipe e Maria Carvalho, em Bowler, encerraram o grupo dos cinco da frente.
Seguem-nos na classificação: Avelino Reis e Miguel Marques, em Toyota Rav4; Luís Ferreira e Pedro Colaço em Nissan Pathfinder e Alexandre Mota e Aníbal Mendonça em Nissn Proto.
Dizem os primeiros
“A Toyota Hilux é a gasolina, com estas condições é mais difícil face aos nossos aniversários que são carros a diesel, são mais fáceis de conduzir na lama. A parte da tarde secou e eu mudei o set up do carro tornando-o mais macio e com bastante mais tracção. Desliguei a barra estabilizadora, o que fez com que o carro ficasse com um comportamento óptimo.
Comecei a atacar desde o início, percebi que estava com um andamento muito mais rápido. Apercebi-me que estava nesse ritmo, depois aos poucos verifiquei que que estava a ganhar bastante vantagem e a partir daí foi só controlar.” Comentou João Ramos
"Foi bastante difícil esta prova, desde o prólogo, em que as pistas estavam bastante enlameadas e tínhamos muita dificuldade de colocar o carro. A aposta que fizemos nos pneus não foi a ideal, eram pneus mais para piso seco. Pensei que não ia haver tanta chuva mas o resultado no prólogo não foi mau.
Hoje de manhã tentei segurar o lugar que tinha. O Lino ia à minha frente e parou, aí acabei por perceber que podia fazer um bom resultado, tentando controlar um pouco e não cometendo erro nenhum. Foi isso que fiz, com muita precaução, com muita paciência, tentar levar o meu carro ao final e o resultado é bem melhor do que a corrida que fiz. Portanto estamos muito satisfeitos e toda a equipa está de parabéns porque o carro não teve nenhum problema. Só não andei mais porque não queria arriscar nada." Disse Rui Sousa
João Ramos / Vitor Jesus (Toyota Hilux)
João Ramos / Vitor Jesus (Toyota Hilux)
Rui Sousa / Carlos Silva (Isuzu New D-Max)