Na edição deste ano, o maior festival de fado do mundo celebra Hermínia Silva.
A Caixa Geral de Depósitos reforça o seu apoio à cultura, através do apoio ao Santa Casa Alfama, um festival que celebra o Fado, símbolo identitário da capital e do país, classificado pela UNESCO como Património da Humanidade.
Nesta edição, que decorrerá, nos dias 29 e 30 de setembro, alguns dos melhores fadistas da atualidade vão passar pelos vários palcos espalhados pelo mítico bairro de Alfama. E alguns desses locais já fazem parte da própria história e mitologia do festival, como é o caso do Centro Cultural Dr. Magalhães Lima.
Na edição deste ano, a Caixa terá, situado no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima, o Palco Caixa, que oferecerá propostas diversificadas, mostrando que o fado é um estilo aberto a múltiplas sensibilidades: no dia 29, o público poderá ouvir Lenita Gentil e Teresinha Landeiro, e no dia 30, é a vez de Edu Miranda, com "Fado no Chourinho", e Pedro Moutinho subirem ao palco.

Lenita Gentil é, sem qualquer dúvida, um nome incontornável da canção portuguesa e do fado. É uma mulher guerreira que sempre se afirmou pela sua forma única de cantar e pela sua personalidade bem vincada. Depois de uma carreira recheada de sucessos, em 2019 a fadista lançou “Lenita”. Lenita Gentil expressa nesse disco toda a sua garra e a forma alegre e destemida como sempre viveu a sua vida e a sua carreira. Com os temas escolhidos pela própria e pelo produtor Jorge Fernando, Lenita apresenta-se sem complexos, com a garra habitual e com os olhos postos no futuro, assumindo a sua voz, as suas preferências e as suas escolhas, num todo verdadeiramente surpreendente. São inúmeros os êxitos da sua carreira, feita de mais de 50 anos recheados de canções e fados que todos conhecem. Lenita é hoje transversal a muitas gerações porque os seus temas são verdadeiramente intemporais. A artista sempre se afirmou por ser uma voz única, com um repertório de muito bom gosto e uma garra enorme, tanto em palco como fora dele. No concerto preparado para o Festival Santa Casa Alfama, Lenita traz alguns dos seus temas mais populares em conjunto com os temas mais recente do disco "Lenita". A fadista promete um concerto inesquecível no Palco Caixa, dia 29 de setembro.

Teresinha Landeiro quer marcar de forma vincada o seu fado. É na casa Mesa de Frades (Alfama, Lisboa) que se revela semanalmente e é o ponto de partida para construção de um currículo invejável apesar de muito jovem. O Centro Cultural de Belém e o Capitólio (Lisboa) assim como a Casa da Música (Porto) já receberam a jovem fadista e compositora, bem como eventos como o Festival Santa Casa Alfama, outros festivais nacionais e até a internacionalização no Festival de Fado em Bogotá (Colômbia), Buenos Aires (Argentina) e Sevilha (Espanha). No ano de 2021 apresenta o novo álbum "Agora" (SONY), que inclui música de autoria da própria Teresinha Landeiro, revelando um fado jovem, ambicioso e leve como a própria personalidade da fadista. revelando um fado jovem, ambicioso e leve como a própria personalidade da fadista. Em 2022 encetou uma rúbrica no seu próprio instagram apelidado de "Alguidar de Palavras" . A ideia consistia em convidar personalidades para escolherem uma palavra, e com essa mesma palavra, Teresinha Landeiro construía um texto repentista e original perante um fado tradicional. Essa autenticidade aliada a uma qualidade inquestionável tem colocado Teresinha Landeiro em múltiplos palcos por todo o país. E o público do Santa Casa Alfama é convidado a descobrir esta personalidade artística no dia 29 de setembro, no Palco Caixa, instalado no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima.

Pedro Moutinho foi embalado pelo som do fado e cresceu com ele como se de uma herança genética se tratasse. Não há separação entre o fado e o homem que o canta. Existe, isso sim, uma familiar fluidez entre um e outro. Quando em 2003 recebeu o "Prémio Revelação" da Casa da Imprensa com o seu álbum "Primeiro Fado", e passados três anos viu "Encontro", o seu segundo trabalho, ser galardoado com o Prémio Amália na categoria de melhor disco, o fadista provava que tinha pela frente um caminho que era só seu. Entre o seu primeiro registo discográfico e o mais recente "CASA" já se passaram mais de 17 anos de uma carreira vivida intensamente. Este percurso ímpar transformou Pedro Moutinho num dos grandes fadistas da actualidade. Em "CASA" o fadista, que nunca deixou de sentir o pulsar do fado tradicional, embrenha-se nos seus caminhos para oferecer ao público um registo bem mais cru. Entrega assim a mesma alma e deferência que transmite de cada vez que sobe ao palco de algumas das mais prestigiadas casas de fado da cidade de Lisboa. O fadista, que tem vindo a explorar diferentes sonoridades e modulações que o fado permite, sempre com respeito pelas suas matrizes, como no disco "Um Fado ao Contrário", regressa agora, neste EP, a um porto seguro. "CASA" conta com os músicos André Dias (guitarra portuguesa), Pedro Soares (viola) e Frederico Gato (baixo) e tem ainda arranjos de Filipe Raposo para o tema "Casa d’Água", uma parceria única com letra de João Monge e música de Amélia Muge. Este trabalho contém também letras inéditas de Maria do Rosário Pedreira, Teresinha Landeiro e ainda a recriação do clássico "Um Resto de Mouraria", com letra do poeta Carlos Conde e música do violista Martinho da Assunção. E estes são certamente alguns dos momentos que Pedro Moutinho levará ao Palco Caixa, no Centro Cultural Dr. Magalhães de Lima, dia 30 de setembro.

Edu Miranda nasceu em São Paulo, e desde cedo, mostrou um grande interesse pela música. Aos 12 anos, começou a estudar bandolim e a frequentar as rodas de choro, onde teve a oportunidade de aperfeiçoar as suas técnicas e aprofundar o seu conhecimento sobre o chorinho e a música popular brasileira. Em 1992, Edu mudou-se para Portugal, desenvolvendo desde então carreira como músico multi-instrumentista e produtor. Ao longo dos anos, participou e colaborou com artistas portugueses e brasileiros como Rui Veloso, Carminho, Mariza, Pedro Jóia, Raquel Tavares, Marco Rodrigues, Carminho, Mário Laginha e Maria João, Cuca Roseta, entre outros.O seu primeiro disco, intitulado "Choro de Longe", recebeu excelentes críticas e o levou a apresentar-se em diversos concertos em Portugal e no estrangeiro. Desde então, lançou outros trabalhos como Fado de Longe e Fado de Longe2, onde mistura as belas melodias dos fados com sonoridades e ritmos quentes do Brasil. "Edu Miranda Trio ao Vivo" é uma explosão de ritmo, energia e alegria, onde Edu Miranda (no bandolim), Tuniko Goulart (no violão) e Giovani (bateria) interpretam uma seleção de temas originais, chorinhos brasileiros e clássicos do fado portugues embebidos na sonoridade do choro brasileiro. Este "Fado no Chourinho" apresenta-se dia 29, no Palco Caixa.